mundo sustentável- Grandes corporações americanas operaram através da Câmara de Comércio dos EUA e da Mesa Redonda de Negócios do país para evitar a aprovação de uma alíquota de imposto de 15% para companhias que faturam mais de US$ 1 bilhão. A proposta para aumentar a arrecadação faz parte de um pacote do Governo Biden de US$ 700 bilhões, aprovado no Congresso, para enfrentar a inflação e aquecer a economia, com investimentos e subsídios para financiar projetos sustentáveis e fontes de energia limpa.
Pague a sua parte…
O movimento contrário de diversas multinacionais americanas gerou um manifesto do CEO da Patagonia, Ryan Gellert. “Muitas empresas que pertencem a essas organizações adoram fazer grandes discursos sobre o clima – basta olhar para os seus sites”, escreveu no LinkedIn. “Eles não deveriam ficar calados enquanto a Câmara e a Mesa Redonda Empresarial fazem seu trabalho sujo”, acrescentou. “Se você falar sobre como sua empresa protegerá o planeta, precisará pagar sua parte justa”, completou. Batizado de Lei de Redução da Inflação de 2022, o pacote deve ser sancionado nesta semana pelo presidente americano.
Economia circular (I)?
O debate sobre a sustentabilidade do mundo gera muitas ideias e práticas. Mas nem tudo se sustenta e é sempre bom ter quem questione mecanismos tidos como eficientes na proteção do ambiente. Em artigo publicado no site Poder360, Hamilton Carvalho, que pesquisa e escreve sobre problemas sociais complexos, opina sobre a real efetividade da economia circular em um mundo que não abandona os costumes de consumo. “Há muita coisa incompatível com um mundo sustentável, de viagens de avião a lazer e SUVs a bugigangas eletrônicas e café em cápsula”, diz ele.
Economia circular (II)?
Carvalho aponta que as empresas precisam adotar políticas de economia circular, demonstrar que são sustentáveis e que estão atentas à agenda ESG, apesar de haver muita hipocrisia. “O ponto é que não tem almoço grátis (e nem barato) aqui. O reaproveitamento de materiais requer muita energia e outros insumos, isso quando é factível em escala (no caso do plástico, a maioria está longe de ser). Mesmo importante, essa abordagem é claramente uma distração”.
Rios sumindo
A mudança climática alterou as paisagens na Europa neste verão para além dos incêndios. Segundo o projeto Clima que Queremos, o calor está secando grandes rios do continente. Na França, o Loire, maior rio do País, pode ser atravessado a pé em vários pontos, enquanto o Reno não permite navegação em diversos trechos. A situação do rio Pó, o mais importante da Itália, faz jus ao nome, prejudicando atividades agrícolas e provocando racionamento de água. O Danúbio, que percorre vários países, tem o leito exposto em muitas cidades.
Novo gasoduto europeu
O primeiro-ministro alemão Olaf Scholz está tentando ressuscitar um antigo projeto para a construção de um gasoduto para abastecer a comunidade europeia. O ramal já havia sido pensado em 2014, mas a ideia não evoluiu. Agora, com a crise provocada pela guerra da Rússia contra a Ucrânia, a proposta voltou à mesa de negociações. O projeto envolve inicialmente a Espanha, Portugal e França, países que seriam cortados pela tubulação.
Novo gasoduto europeu I
O objetivo do novo gasoduto europeu é reduzir a dependência do gás natural vendido pela Rússia, e também deixar uma estrutura de transporte preparada para outro tipo de combustível, o hidrogênio verde, considerado a principal fonte de energia do futuro. A infraestrutura do novo gasoduto pode ficar pronta em um ano, estimam autoridades europeias, após a decisão de fazê-la.
Casa holandesa
Depois de criar um bairro sustentável flutuante, Amsterdã tem mais dois projetos inovadores de habitação, que atendem a agenda da sustentabilidade. Um deles é um conjunto de edifícios verdes na Ilha de Oostenburg, um antigo distrito industrial da cidade. Os prédios foram pensados para integrar produtos como madeira, vidro e tijolos reciclados com jardins e amplas áreas de vegetação. A promessa é iniciar as obras ainda este ano.
100% madeira
Para 2025, os arquitetos holandeses projetam um residencial feito totalmente de madeira, no Mandela Buurt – Bairro Mandela. São dez blocos de apartamentos, com capacidade para abrigar até 2.100 moradores. Localizado em uma área de renda mais baixa da cidade, 80% das moradias serão oferecidas como habitação pública ou com aluguéis abaixo do mercado.
Foto: Diego Jimenez/Unsplash
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