A OAB-Paraná enviou, nesta quinta-feira (7), um ofício ao presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, deputado Ademar Traiano, pedindo seu afastamento da presidência da Casa. De acordo com o ofício, assinado pela presidente da entidade, Marilena Winter, e aprovado pela maioria do Conselho Pleno, o pedido visa “salvaguardar a dignidade e o decoro do Poder Legislativo paranaense”.
Traiano admitiu ter assinado um Acordo de Não Persecução Penal (ANPP) com o Ministério Público do Paraná. Na prática, o presidente da Alep, assim como o ex-deputado Plauto Miró, confessaram o pedido e o recebimento de propina em uma licitação para contratação de serviços para atender a TV Assembleia.
A reportagem do HOJEPR entrou em contato com a assessoria do deputado Ademar Traiano para abrir espaço para suas considerações. Segundo a assessoria, “o presidente não vai se pronunciar porque ainda não tem conhecimento sobre o assunto”. O HOJEPR reitera que deixa espaço para qualquer manifestação.
Veja o ofício abaixo:
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Não estou nem um pouco surpreso com o pedido da OAB/PR, ao pedir o afastamento do deputado estadual Traiano, por ele ter confessado ter firmado acordo de não persecução penal, a Ordem dos Advogados salientou que o prestígio da Assembleia Legislativa do Paraná está comprometido, pois, afinal, cabe ao presidente zelar em favor do interesse público.
Curioso é saber, no atual momento político da Casa, que o presidente estava a fazer de tudo para cassar o deputado Renato Freitas, para tolhê-lo e da liberdade de manifestação.
Traiano, ao menos ele, não tem condição moral de advertir qualquer parlamentar, quando quer calar a voz. Mais ainda agora, quando faz acordo e tentava manter sigilo a ação penal contra ele.
Faltou transparência, publicidade, motivação moral. Como a conservadora Casa Legislativa irá se posicionar?