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Oasis: Herança dos Beatles?

06/07/2022

Você acredita na volta do Oasis. Incertezas à parte, o que fica na memória é o segundo álbum da banda, ‘(What’s The Story) Morning Glory?‘, lançado em 3 de outubro de 1995 e que causou um furor absurdo. É o terceiro álbum mais vendido na Inglaterra e está na lista dos 200 álbuns definitivos do Rock And Roll Hall Of Fame.

 

 

O álbum começa com Hello e suas guitarras alucinadas. A voz de Liam se encaixa perfeitamente na melodia, que tem influência descarada de The Smiths. Uma bateria pesada e distorções nas guitarras regem a canção. Espetacular.

Roll With It também começa com guitarras. Mas a linha de baixo comanda a canção com maestria. “You gotta say what you say, Don’t let anybody get in your way, ‘Cause it’s all too much for me to take”. Uma das melhores do álbum. Liam canta com raiva e indiferença. Características comuns da banda.

Wonderwall é um dos singles do álbum. Uma das canções mais perfeitas que o ser humano já compôs. Uma balada estonteante, começando só com voz e violão, que vai crescendo e atingindo a mais pura perfeição melódica da história do rock. E o arranjo de cordas é simplesmente maravilhoso. “I said maybe, You’re gonna be the one that saves me, And after all, You’re my wonderwall”.

Don’t Look Back In Anger é outro single do álbum. E é outra perfeição musical. Começa com um piano despretensioso e já estoura nossos ouvidos com uma melodia magnífica. Os vocais são perfeitos. Ecos de The Beatles, é claro. Virou hino após os atentados em Manchester. “So Sally can wait, She knows it’s too late, As we’re walking on by, Her soul slides away, But don’t look back in anger! I heard you say”.

Hey Now! é puro britpop, alcunha dada as bandas britânicas na década de 1990. Tem ecos da psicodelia dos 1960, mas com guitarras rasgadas e bateria linear. Bela canção.

Depois de uma faixa sem título, com guitarras e harmônicas, surge Some Might Say com muita guitarra, a cargo de Noel, e um vocal bem encaixado. A bateria comanda a canção, mostrando peso e melodia.

Cast No Shadow é outra balada, com teclados, violões, coro e um vocal sensacional. A canção é em homenagem a Richard Ashcroft, vocalista da banda The Verve, grande amigo do Oasis. “Bound with all the weight of all the words he tried to say, As he faced the sun, he cast no shadow”. Uma das melhores letras de todos os tempos.

She’s Electric é puro The Beatles, uma das maiores influências da banda. Nunca negaram. Bateria reta, com coro e vocais formidáveis. E de uma simplicidade maravilhosa.

Morning Glory tem influências de Pink Floyd, Stones e The Who, com guitarras distorcidas, bateria linear e um vocal mais gritado. Mais pesada, porém melódica. Uma pérola do álbum.

Com mais uma faixa sem título, apresentando sons caóticos, chegamos ao bálsamo do álbum. A derradeira Champagne Supernova é maravilhosa. Extraordinária. Espetacular. Enebriante. A linha melódica da canção é fantástica. Guitarras pesadas, uma bateria marcial e um vocal emocionante. Tem a nobre participação de Paul Weller (The Jam, Style Council) nas guitarras e nos vocais de apoio. Quase oito minutos de puro êxtase musical. “Someday you will find me, Caught beneath the landslide, In a champagne supernova in the sky”.

Queira, um dia, a banda voltar com toda essa magia. Faz muita falta tudo isso. Guitarras, melodias, canções e, porque não dizer, confusões. O bom e velho rock’n’roll agradece.

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