Operação Sequaz: Moro sabia das ameaças à sua vida desde janeiro
O senador Sergio Moro foi avisado em janeiro que ele e sua família estavam sendo monitorados por integrantes do PCC que planejavam sequestrar e matar autoridades. As informações são do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) de Presidente Prudente, interior de São Paulo.
O promotor de Justiça Lincoln Gakiya, outro alvo das facção criminosa, esteve em Brasília no início do ano e, em reunião com o senador e sua esposa, a deputada Rosangela Moro, além da direção-geral da Polícia Federal, repassou aos dois as informações reunidas. A partir desse dia, Sergio Moro e a esposa passaram a ter reforço na segurança pessoal. Gakiya investiga o PCC desde os anos 2000 e, por causa das várias ameaças de morte, recebe escolta policial 24 horas por dia, há mais de dez anos.
Dino rebate redes sociais
O ministro da Justiça e Segurança Pública Flávio Dino repudiou na manhã desta quarta-feira (22), o que chamou de ‘narrativas falsas nas redes sociais que tentam vincular’ declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o ex-juiz Sérgio Moro à Operação Sequaz, que investiga planos de ataque ao senador.
“É vil, leviano e descabido fazer qualquer vinculação desses eventos com a declaração. É mal caratismo tentar politizar esse evento”, afirmou.
Segundo o ministro da Justiça, ‘quem faz essa politização’ acaba por ‘ajudar’ a organização criminosa alvo da ofensiva aberta pela Polícia Federal na manhã desta quarta-feira.
O ministro da Justiça afirmou que soube há 45 dias, pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), do planejamento para a execução de ações violentas. “Fico espantado com o nível de mal caratismo de quem tenta politizar uma investigação séria, que é tão séria que foi feita em defesa da vida e da integridade de um senador que é oposição ao nosso governo”, ressaltou. Para Dino, a operação da Polícia Federal mostra que ‘não há nenhum aparelhamento do Estado, nem a favor, nem contra ninguém’.
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