Bastaram 11 dias para o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva sepultar o personagem paz e amor que o ajudou a se eleger. Na última quinta-feira (10), Lula constrangeu e desmoralizou sua equipe encarregada de conduzir a transição presidencial.
Confuso, cometeu vários desatinos. Abalou o mercado financeiro, desprezou o equilíbrio da contas públicas, atacou quem defende o teto de gastos e, sem a menor cerimônia, criticou o agronegócio, as Forças Armadas e a Operação Lava Jato.
Muitos leitores do HojePR, em comentários nas redes sociais e manifestações enviadas à nossa redação, viram o discurso de Lula como uma manifestação de ódio. Curiosamente, apontam esses leitores, uma das maiores críticas de Lula ao comportamento do presidente Jair Bolsonaro.
A mudança de comportamento de Lula foi assustadora. Na quarta-feira, o presidente eleito manteve encontros com os presidentes da Câmara, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco. Foi recebido, também, pela presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, e demais ministros da Corte. Em todos os compromissos mostrou elegância e serenidade.
Na quinta-feira, voltou ao palanque e se portou como líder sindical ao invés do estadista que os pouco mais de 60 milhões de eleitores que o elegeram esperavam ver.
O que mudou? Ou melhor, por que Lula mudou de um dia para o outro? Os leitores do HojePR têm algumas teorias. Uma delas dá conta que Lula teria sido pressionado pelo PT e sua presidente, Gleisi Hoffmann, para adotar uma postura ainda mais à esquerda para agradar a militância. A futura primeira-dama, Janja, também teria reclamado que o marido estaria agradando muito o chamado Centrão, desprezando a esquerda radical. Outra considera que Lula foi dominado pela soberba depois dos afagos dos ministros do STF e dos presidentes do Senado e da Câmara.
O fato é que o Lula de quinta-feira assustou o Brasil e azedou o mercado. O dólar subiu, assim como as taxas de juros. A Bolsa despencou mais de 3%. O setor, que esperava um tom mais moderado do presidente eleito, agora teme o abandono de medidas fiscais em favor de mais gastos do governo eleito. Caso isso ocorra, não seria surpresa. Vale lembrar que a irresponsabilidade fiscal foi a marca da gestão petista de Dilma Rousseff. A aventura resultou na maior recessão da história, um tombo de quase dez pontos percentuais de encolhimento do PIB per capita.
O que fica do desastrado discurso de Lula é a preocupação com a ambiguidade do presidente eleito. Quem, a partir de 1º de janeiro, vai governar o Brasil? O estadista ou o sindicalista?
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De um canalha tudo de ruim pode se esperar.
O falecido Dr. Enéias já dizia que o atual presidente eleito não tinha a mínima condição de presidir o país, e olhe que Ele ainda nem tinha no currículo os feitos de corrupção, políticas desastrosas e condenações dos dois primeiros governos petistas. A administração do nosso país da fortes sinais de que será ainda mais desastrosa. Bad times are coming!