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07/09/2024

Paraná vai às urnas, com Ratinho já eleito e incertezas para presidente e pro Senado

ratinho

Neste domingo (2/10) os paranaenses vão às urnas com a certeza da eleição de Ratinho Junior (PSD) ao Palácio do Iguaçu e dúvidas se haverá segundo turno para presidente. E a mesma incerteza existe sobre a eleição ao Senado, que vem dando Alvaro Dias (Podemos) na frente, mas tem Sérgio Moro (União Brasil) e Paulo Martins (PL) crescendo na reta final.

A eleição de 2022 pode ser caracterizada como uma disputa atípica, em que a polarização e a divisão da sociedade modificaram o andamento tradicional da disputa. Pela primeira vez, a maioria dos votos se decidiu mais cedo. Cerca de 45 dias antes do pleito, entre 60% a 70% dos eleitores já tinham definidos seus candidatos. Mas mesmo com o crescimento de Lula duas semanas antes da votação, ainda não se sabe se a disputa se encerra no primeiro turno ou teremos que resolver o páreo somente dia 30.

Lula tem entre os diversos instituto algo que varia de 48% a 50% dos votos válidos. Ao passo que o presidente Jair Bolsonaro (PL) se mantém entre 34% a 38%, o que poderia permitir um segundo turno, ao se somar os resultados dos adversários. Nessa eleição, em que a virtude ficou de lado, o eleitor vai na urna sobre a sombra do índice de rejeição, que neste momento mostra um presidente pouco quisto pela grande parte da população.

Surfando na onda, está o governador Ratinho Junior (PSD). Seguindo uma fórmula tradicional da política paranaense, usada anteriormente por Beto Richa (PSDB), Ratinho juntou o maior leque de partidos, minou os candidatos que poderiam atrapalhar. Também fez alianças que o garantirão a sua fácil reeleição no primeiro turno. Os adversário não souberam ou não conseguiram sair do jogo armado por Ratinho.

O PT/PV lançou Roberto Requião (PT), cuja imagem é cansada. Por tanto tempo como governador, por sua personalidade e por estar fora de seus habitat (não se sentia cômodo no PT e a militância do PT não se sentia cômodo com ele), Requião saíra pequeno, não atingirá os 30% dos votos que se projetavam no começo da campanha.

Na disputa ao Senado, a briga acontece na reta final. Há reação vinda de Moro, mas muito mais um movimento a favor de Paulo Martins. A briga tende a ser mais favorável para a Dias, mas a eleição ao Senado pode surpreender. Alvaro tem recebido votos da esquerda envergonhada que está aderindo ao voto útil, para evitar Moro e Martins. E Martins e Moro estão angariando votos da direita que ainda não tinham decidido voto.

Seja como for, a disputa deste ano será estudada, pelos marqueteiros ou professores de Ciência Política, como Emerson Cervi da UFPR. É uma disputa única. Provavelmente, haverá a tradicional renovação no legislativo, com poucos integrantes novos. Mas o que desperta interesse é a briga nas majoritárias.

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