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Parar de fumar aumenta tempo de vida de quem teve infarto

06/05/2022

Deixar de fumar adiciona à vida o mesmo número de anos sem doenças cardíacas que três medicamentos preventivos combinados, de acordo com pesquisa apresentada no ESC Preventive Cardiology 2022, um congresso científico da Sociedade Europeia de Cardiologia (ESC).

 

Segundo os autores da pesquisa, da Universidade de Amsterdã, na Holanda, os benefícios de parar de fumar são ainda maiores do que imaginávamos. O estudo mostra que abandonar o hábito parece ser tão eficaz quanto tomar três medicamentos para prevenir ataques cardíacos e derrames em pessoas com um ataque cardíaco anterior ou procedimento para abrir artérias bloqueadas. Os pacientes podem ganhar quase cinco anos de vida saudável”.

 

Esta análise se concentrou em fumantes que sofreram um infarto do miocárdio e/ou foram submetidos a implante de stent ou cirurgia de revascularização do miocárdio. Este grupo corre um risco particularmente alto de ter outro infarto ou acidente vascular cerebral, e parar de fumar é potencialmente a ação preventiva mais eficaz.

 

O estudo utilizou dados de 989 pacientes com 45 anos ou mais que ainda fumavam pelo menos seis meses após um infarto e/ou submetidos a implante de stent ou cirurgia de revascularização. A média de idade foi de 60 anos e 23% eram mulheres. Os pacientes foram geralmente tratados corretamente com medicamentos preventivos padrão (antiplaquetários, estatinas e medicamentos para controlar a pressão arterial). O tempo médio desde o infarto do miocárdio ou procedimento foi de 1,2 anos.

 

Os pesquisadores descobriram que o benefício estimado de parar de fumar parecia ser comparável ao uso de todos os três tratamentos farmacêuticos. A cessação do tabagismo resultou em um ganho de 4,81 anos sem eventos, enquanto os três medicamentos juntos proporcionaram um ganho de 4,83 anos sem eventos.

 

Isso indica que parar de fumar é um passo muito importante para adicionar anos saudáveis à vida de uma pessoa. É importante lembrar que a análise nem mesmo levou em conta as outras vantagens de abandonar o hábito – por exemplo, em doenças respiratórias, câncer e longevidade.

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