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27/04/2024

LAVA JATO

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Pesquisa revela que maioria da população rejeita decisão de Toffoli que anulou provas do caso Odebrecht

 Pesquisa revela que maioria da população rejeita decisão de Toffoli que anulou provas do caso Odebrecht

A maioria da população brasileira rejeita a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli que anulou um conjunto de provas colhidas pela Lava Jato no caso da Odebrecht e que beneficiou a defesa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). De acordo com o instituto Atlas, 54,1% dos brasileiros discordam da decisão, enquanto 27,6% afirmam concordar com ela. Os que disseram não saber são 18,3%. Os dados foram colhidos por meio do método de recrutamento digital aleatório, que ouviu 3.038 respondentes entre os dias 20 e 25 deste mês. A margem de erro do estudo é de 2 pontos porcentuais para mais ou para menos e o nível de confiança é de 95%.

 

Mesmo com Lula sendo beneficiado pela decisão, 18,3% de seus eleitores no segundo turno da última eleição discordam da posição de Toffoli. Enquanto isso, 50,1% concordam e 31,6% disseram não saber. Entre os bolsonaristas, a reprovação é bem maior: 94,3%, contra 3,3% que concorda e 2,5% que diz não saber. A rejeição à anulação das provas também é majoritária entre os eleitores que dizem ter votado em branco (67,8%) e entre os que não votaram (17,7%).

 

A Procuradoria-Geral da República (PGR) entrou, na sexta-feira (22), com um recurso no STF para o ministro Dias Toffoli esclarecer pontos da decisão, que atendeu a um pedido de Lula. A defesa do petista alegou que o acordo foi negociado com a ajuda de autoridades estrangeiras sem observar critérios de colaboração internacional. O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) também entrou com recurso no STF. O procurador-geral de Justiça do Estado, Mario Luiz Sarrubbo, afirma que as provas foram usadas em “diversas ações e investigações” que agora estão em xeque. Ele pede que Toffoli reconsidere a decisão ou envie o caso ao plenário do STF. Para ele, a decisão só deveria valer para o caso de Lula e não em todos os casos em que as provas foram usadas.

 

Condenação dos primeiros réus do 8 de janeiro é aprovada

Entre os eleitores ouvidos pelo instituto Atlas, 45,4% concordam com a decisão que condenou os primeiros réus pelos ataques de 8 de janeiro. De outro lado, 40,7% discordam da decisão. Outros 14% não sabem. Também neste caso, como esperado, o apoio é maior entre os lulistas (77,4%) do que entre os bolsonaristas (8,8%).

 

Além da decisão de Toffoli, o Atlas também mediu as percepções dos brasileiros sobre a atuação dos ministros do STF em diversas questões. Em uma delas, ao serem questionados se confiavam no trabalho e nos ministros da Corte, 47,7% disseram que não, enquanto 44,5% afirmaram que sim. Os que não souberam são 7,8%.

 

Já em pergunta se há competência e imparcialidade dos ministros no julgamento dos processos, 44,7% disseram que sim, enquanto 40,8% apontam que não. Neste caso, os que não sabem são 14,6%.

 

Os eleitores ouvidos pelo Atlas também foram questionados se odeiam os ministros da Corte, como chegaram a dizer advogados de réus do 8 de janeiro no julgamento dos primeiros réus pelos ataques. A maioria, 51,7%, diz que não odeia, mas possui posição negativa sobre alguns deles. Outros 32,3% afirmam que, ao contrário, possuem opinião positiva sobre a maioria dos ministros. Enquanto isso, 16% respondem que “sim, odeiam”.

 

 

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