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PILULAS-CABECA-COLUNA

Três na Quarta de Humor Judaico

18/09/2024
quarta

O pássaro que falava quatro línguas

Samuel morava no exterior e desejando mandar um presente para o pai, Chaim, viúvo há pouco tempo, comprou um pássaro raro e o despachou através de um serviço especializado. Era uma surpresa para o velho, que após a morte da esposa andava desanimado e solitário. O custo da ave e o transporte custaram uma pequena fortuna, que ele pagou com prazer.

Sem entender nada de Ornitologia e como o filho não o avisou, Chaim pensou que o pássaro era uma iguaria rara. Quando Samuel ligou para saber se o pai havia gostado do presente, ele respondeu:

– “Ah, a ave? Eu encontrei uma velha receita da tua mãe e fiz no forno. Estava deliciosa!”

Incrédulo, Samuel exclamou:

– “Pai, eu não posso acreditar… Quer dizer que você comeu o pássaro? Você sabe quanto ele valia? Ele podia falar quatro línguas”.

E o velho, despreocupado, falou:

– “Quatro línguas? Então por que ele não disse nada?”

 

O estagiário

Shlomo Feinberg, dono do Mercado do Shlomo, decidiu fazer um favor ao seu velho amigo Asher e contratou seu neto David, recém-formado na faculdade para trabalhar com ele. David se apresentou para seu primeiro dia de trabalho e Shlomo o recebeu com um caloroso aperto de mão e um sorriso. Após mostrar todos os setores do mercado, lhe entregou uma vassoura e disse:

– “Todos os dias, quando chegar, teu primeiro trabalho será varrer a loja”.

Sem esconder a indignação, David respondeu:

– “Mas eu sou formado na faculdade!”

– “Ah, me desculpe, eu não sabia disso” – disse Moishe.

E acrescentou:

– “Me dê a vassoura – eu vou te mostrar como se faz”.

 

Exame trocado, diagnóstico simplificado

Benjamin foi ao consultório do médico para pegar os resultados dos exames de sua esposa, Bela. Ao chegar, a Recepcionista disse:

– “Sinto muito, mas houve um problema. Quando mandamos as amostras para o laboratório, anotamos só o sobrenomes. Lá elas se misturaram com as de outra Sra. Cohen e não temos como identificar. De toda forma, não há razão para se preocupar porque a situação não é assim tão ruim”.

Confuso, Benjamin perguntou:

– “Como assim? O que você quer dizer?”

E moça respondeu:

– Uma senhora Cohen testou positivo para a doença de Alzheimer e a outra para gengivite, mas não sabemos quem é quem.

– “Isso é terrível” – disse ele – “e vocês não podem fazer o teste novamente?”

– “Podemos, sim, mas como o de Alzheimer é de alto custo, temos que solicitar novamente ao seguro-saúde e isso irá demorar alguns dias”.

– “Bem, e o que eu devo fazer?” – ele quis saber.

E a Recepcionista orientou:

– “O médico recomendou que o senhor deixe sua esposa no meio da cidade. Se ela encontrar o caminho de casa, não use a escova de dentes dela”.

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