Na sequência de entrevistas com representantes do G7 paranaense sobre as consequências da guerra na Ucrânia para a economia, o presidente da Associação Comercial do Paraná (ACP), Camilo Turmina, torce para que a crise dure pouco. “Do contrário, vai desestabilizar o mercado financeiro e ações das importantes empresas”, afirma.
Turmina, que trabalha no setor de jóias, conta que em logo no primeiro dia do conflito o preço do ouro subiu 4%. E o mesmo aconteceu com o petróleo e outras commodities, avalia ele.
“Não podemos esquecer que o mundo virou uma grande commodity. O que se faz num lado, impacta em outro”, diz.
Turmina teme um maior impacto no setor logístico, por causa da alta de combustível, e o reflexo disso no aumento em escala do custo de vida. “Um exemplo é o preço do pão, que sobe por causa da alta do dólar e porque a Rússia, envolvida no conflito, é um dos maiores produtores de trigo”, exemplifica.
Se a crise se estender por muito tempo, avalia Turmina, “será preciso que os governos sejam criativos e mudem modelos de cobranças de impostos como do petróleo, para evitar o aperto na economia”.