Nas últimas semanas, os casos de incêndio ambiental em Campo Largo têm se tornado mais frequentes. Na última quinta-feira (28), o diretor de Operações da Defesa Civil de Campo Largo, Maicon de Lima Soares, acompanhou no bairro Cercadinho, em um terreno baldio, a 40ª ocorrência de incêndio ambiental atendida pelo Corpo de Bombeiros aqui no município, e ainda estamos na metade do ano. Para comparação, em 2021 foram registradas 107 ocorrências – durante o ano todo.
O assunto é tão importante que o quartel do Corpo de Bombeiros de Campo Largo tem uma equipe disponível somente para esses atendimentos. Os focos de incêndio podem acontecer de forma natural ou artificial, isto é, causada pela ação humana. As queimadas naturais podem ocorrer devido à queda de raios, ou por causa do tempo muito seco aliados com altas temperaturas e baixa umidade do ar. Já as decorrentes da ação humana são aquelas em que a população ateia fogo em uma área para eliminar lixo ou matéria orgânica. Demais causas de incêndios florestais podem ser o descarte incorreto de bitucas de cigarro, assim como fagulhas advindas dos fornos de carvão e lenha.
Outro fator a ser considerado são as queimadas para pasto e agricultura de subsistência, que, sem o devido controle e orientações, podem contribuir para o aumento de incêndios em matas e se alastrar para maiores proporções. O calor, a estiagem, a baixa umidade, o ar quente e seco somados à falta de chuvas e às intervenções humanas contribuem para o aumento das queimadas e dos focos de incêndio, entre os meses de junho a setembro.
“Neste período ocorrem muitos incêndios ambientais, pois é um período seco, de poucas chuvas. Qualquer cigarro ou fogo colocado para uma “simples” queima do mato, muitas vezes, pode acabar se tornando um transtorno maior. Precisamos fortalecer a cultura de redução de riscos e prevenção de desastres relacionados ao período de estiagem”, indica o diretor da Defesa Civil, órgão vinculado à Secretaria Municipal de Ordem Pública.
Dentre as consequências das queimadas para a natureza estão:
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Aumento da liberação de dióxido de carbono, uma das principais causas do aquecimento global
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Destruição da vegetação e dos habitats naturais
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Erosão e perda de produtividade do solo
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Perda da absorção do solo, aumentando os índices de inundações
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Poluição de nascentes, águas subterrâneas e rios por meio das cinzas
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Perda de fauna e flora, podendo causar extinção de espécies endêmicas
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Danos às infraestruturas
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Mortandade de animais
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Problemas respiratórios para a população local
Para prevenir essas ocorrências, Soares orienta: Não jogue lixo ou bitucas de cigarro na rua ou terrenos baldios; Não solte balões; Não faça a limpeza de seu terreno utilizando o fogo e não faça fogueiras em florestas ou plantações.
Caso você presencie um foco de incêndio, imediatamente acione socorro pelos telefones 193 ou 199. Denuncie crimes contra o patrimônio natural no número 181.