A Prefeitura de Londrina, por meio da Lei nº 13.648, declarou de utilidade pública a Associação de Amigos, Familiares e Doentes Mentais de Londrina (AFDM), que administra os hospitais Vida e Nova Vida (matriz e filial). A lei foi sancionada pelo prefeito Marcelo Belinati e o projeto de lei que deu origem à nova legislação é de autoria do vereador Matheus Thum. Na manhã desta segunda-feira (13), foi realizada uma solenidade simbólica de assinatura da lei e entrega do diploma à Associação, na sede dos hospitais, no Jardim Shangri-Lá A.

 

O Hospital Vida é uma instituição sem fins lucrativos, especializada em saúde mental, mantida pela AFDM. Oferta, nos dois hospitais (matriz e filial), 291 leitos para internação na especialidade psiquiatria, em sua maioria conveniada ao Sistema Único de Saúde (SUS). O Hospital Vida conta com uma estrutura de 3 mil metros quadrados e 226 leitos – divididos entre transtornos mentais masculino e feminino, dependência feminina e adolescentes – e o hospital Nova Vida conta com 65 leitos de dependência química masculina, com 2 mil metros quadrados. Quase todos os atendimentos prestados pelo Hospital Vida são via SUS (95%) e o Nova Vida é 100% pelo SUS.

 

A instituição também possui o Ambulatório Ânima, ofertando mais de 1 mil consultas por mês para a população conveniada e tem um programa de Residência Médica e formação em Psiquiatria, contando com 24 alunos em formação nesta especialidade.

 

O prefeito Marcelo Belinati parabenizou o Hospital Vida pelo trabalho de excelência prestado há muitos anos em Londrina. “O Hospital Vida é um dos maiores do Brasil na área de saúde mental. Sabemos que a saúde mental é um problema muito sério de saúde pública e isso se intensificou depois da pandemia. São pessoas com depressão, transtornos mentais, dependentes químicos de álcool e drogas, e elas precisam de um amparo, de cuidado e tratamento, assim como as suas famílias. E o Hospital Vida faz isso, acolhe e trata a todos com amor, carinho, respeito e atenção”, enfatizou.

 

O prefeito também explicou que o título de utilidade pública tem um significado muito importante, porque possibilita que a instituição receba recursos dos órgãos governamentais, a fim de melhorar, cada vez mais, a qualidade dos serviços prestados. “É uma forma de o poder público reconhecer todo este trabalho que é feito para a população de Londrina, do norte do Paraná, de todo o Estado e até do Brasil”, disse.

 

O diretor executivo dos hospitais Vida e Nova Vida, Felipe Urbanski, destacou que o título de utilidade reforça o compromisso com o município no apoio à saúde do londrinense no estado do Paraná. “Além disso, temos as possibilidades de captação de recursos, isenção de imposto e ampliação de convênio com o Município. Os dois hospitais, especializados em saúde mental, há mais de 50 anos atendem a população nesta especialidade”, afirmou.

 

A médica psiquiatra do Hospital Vida, Carolina Nicolau, neta de um dos fundadores do hospital, João Nicolau, contou que os hospitais prestam atendimento para pacientes do município e do Estado. “Fazemos o atendimento para um público que precisa muito, pois quando elas não conseguem, via Centro de Atenção Psicossocial (CAPs) ou ambulatórios, terem seus sintomas reduzidos e o caso se agrava, o hospital psiquiátrico atende, sendo como uma UTI para os transtornos. Então, o Hospital Vida faz o atendimento dos casos graves de saúde mental e estes pacientes recebem um cuidado multidisciplinar”, contou.

 

Com relação ao trabalho multidisciplinar, Nicolau informou que os pacientes recebem atendimento em psicologia, assistência social, musicoterapia, além de participar de atividades físicas. “É um atendimento completo, desde o café da manhã, organização da rotina do dia a dia deles e, quando os pacientes alcançam a remissão dos sintomas, nós os reencaminhamos para a rede pública, onde o CAPs dá continuidade ao trabalho”, explicou.

 

O vereador Matheus Thum, autor do projeto de lei que deu origem à nova legislação, disse reconhecer o importante trabalho dos hospitais Vida e Nova Vida para Londrina e para o Estado. “O título é fundamental para a apresentação de projetos junto aos órgãos responsáveis, para captação de recursos, então isso contribuirá muito para o crescimento dos hospitais e sua manutenção. A AFDM faz um excelente trabalho e ajuda milhares de pessoas. Fico muito feliz em poder estar aqui, junto ao prefeito, sancionando esta lei que trará muitos benéficos à população de Londrina”, ressaltou.

 

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