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SAÚDE

Procedimentos menos invasivos ganham mais espaço nos tratamentos de saúde

23/10/2024

Tratamentos de saúde podem ser longos e desgastantes para os pacientes e para suas famílias. Por isso, é tão importante minimizar os riscos e incômodos destes procedimentos. Essa é uma das premissas da radiologia intervencionista, especialidade cada vez mais difundida no país, que também vem ganhando espaço no Hospital São Vicente, em Curitiba.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Radiologia Intervencionista e Cirurgia Endovascular (Sobrice), o crescimento da especialidade pode ser explicado pelos benefícios oferecidos pela técnica, como a redução de complicações pós-operatórias, tempo de recuperação mais rápido e custos menores quando comparados a cirurgias tradicionais.

O chefe do serviço de Radiologia Intervencionista do Hospital São Vicente, o Doutor Alexander R. Corvello, acrescenta que a especialidade oferece a possibilidade de tratamento de inúmeras patologias e nos mais diversos casos. “Até então, a única possibilidade para alguns casos era a cirurgia aberta, que pode não ser indicada para pacientes com algum grau de comprometimento de saúde. O que é resolvido pela radiologia intervencionista”, explica.

Técnica permite aplicações variadas para diversas doenças

Entre as aplicações mais comuns realizadas no dia a dia do Hospital São Vicente, conta Corvello, estão as biópsias e drenagens, além de procedimentos mais complexos, como embolização de tumores, drenagem de vias biliares, tratamento de sangramentos digestivos, entre outros.

Podem ser tratados por meio dos procedimentos endovasculares os aneurismas, tromboses venosas profundas (TVP) e varizes pélvicas. Na oncologia, pacientes com tumores podem ser beneficiados com embolização e aplicação de quimioterapia e radioterapia diretamente nas células afetadas. A radiologia intervencionista ainda pode ser aplicada para resolver obstruções biliares e renais e reduzir miomas uterinos; além da remoção de coágulos e drenagem de líquidos pulmonares.

Vantagens para o paciente e para os médicos

Por serem procedimentos minimamente invasivos, lembra o especialista, a maior parte dos pacientes que se submetem a eles não precisam ficar em unidades de terapia intensiva (UTIs). Os cortes pequenos e a ausência de pontos propiciam uma recuperação mais rápida, com baixos índices de complicação. “Dessa forma, a alta hospitalar e o retorno às atividades do dia a dia serão também mais rápidos”, reforça.

Já os profissionais podem contar com técnicas inovadoras e altamente precisas e com imagens de alta definição. “Podemos ver com nitidez artérias e veias com menos de um milímetro de diâmetro, temos vários aplicativos que permitem a produção de imagens em 3D, a navegação virtual por dentro dos vasos sanguíneos, entre outros recursos”, enumera Corvello.

Isso permite que o radiologista intervencionista chegue até a parte mais periférica do cérebro, dos braços, pernas e outros órgãos para atuar nos mais diversos problemas dos pacientes. “Com os procedimentos, conseguimos tratar a embolia pulmonar, condição grave que, normalmente, tem desfecho fatal para o paciente”, exemplifica o chefe do serviço do Hospital São Vicente. “No caso de acidentes vasculares cerebrais isquêmicos, a radiologia intervencionista possibilita a retirada do coágulo com um risco mínimo de sequelas para o paciente”, completa.

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