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27/04/2024



política

PT usou dinheiro público para pagar defesas da Lava Jato, diz jornal

 PT usou dinheiro público para pagar defesas da Lava Jato, diz jornal

O Partido dos Trabalhadores (PT) já gastou cerca de R$ 6 milhões para defender o ex-presidente Lula, além de três ex-tesoureiros e outros integrantes do partido, nos processos da Operação Lava Jato. É o que revela uma reportagem publicada, nesta sexta-feira (4), no jornal Folha de S.Paulo. De acordo com o jornal, desse valor, R$ 911 mil saíram do fundo partidário para pagar um dos escritórios de advocacia contratados.

 

De acordo com a matéria, assinada pelo jornalista Felipe Bächtold, “entre as maiores despesas com honorários nos últimos anos estão as feitas com o escritório D’Urso e Borges, que defende o ex-tesoureiro João Vaccari na Lava Jato”. “A banca, do ex-presidente da OAB-SP Luiz Flávio Borges D’Urso, recebeu, desde 2017, R$ 2,9 milhões do partido, em valores não corrigidos”, completa. Na prestação de contas do PT, as despesas são incluídas como “serviços de consultoria jurídica”. Já os dados das contas partidárias na Justiça Eleitoral apontam que a fonte da despesa foram “outros recursos” e não o fundo partidário.

 

“O escritório Teixeira Zanin Martins, que comanda a defesa de Lula nos casos da Lava Jato, recebeu pagamentos que somam R$ 1,2 milhão desde 2019. Também nesse caso, a despesa consta como financiada com ‘outros recursos’”, diz o jornal.

 

O escritório que teria recebido pagamento proveniente do fundo partidário seria o Bueno de Aguiar, Wendel e Associados, contratado para defender o ex-assessor do ex-ministro Antonio Palocci, Juscelino Dourado. “Foram pagos pelo trabalho dos advogados R$ 911 mil em 2017 e 2018. Nesse caso, a fonte das despesas nos dados da Justiça Eleitoral é o fundo partidário”, afirma a Folha de S.Paulo.

 

O PT, salienta a reportagem, tem cerca de 90% de suas receitas com origem no fundo partidário, financiado com dinheiro público e destinado à manutenção dos partidos. “Em 2021, o partido teve direito a cerca de R$ 100 milhões do fundo público, que é repartido conforme os tamanhos das bancadas na Câmara dos Deputados”.

 

Segundo a Folha de S.Paulo, o PT disse, por meio de sua assessoria, “que os serviços jurídicos são adquiridos dentro da lei, na defesa de seus objetivos programáticos e estatutários”. O partido disse, ainda, “que presta contas à Justiça Eleitoral dos recursos utilizados, sejam próprios ou provenientes dos fundos eleitoral e partidário”. Diz, também, “que os casos citados pela reportagem se enquadram na Lei dos Partidos Políticos, que prevê a contratação de advogados em processos de interesse partidário”.

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