O último debate do primeiro turno foi morno e sem nenhuma surpresa. Os candidatos Ricardo Gomyde (PDT), Roberto Requião (PT) e Professora Angela (PSOL) perderam a oportunidade de se tentar vender ao eleitor e priorizaram as críticas ao governo e ao governador Ratinho Junior (PSD).
A ausência do atual governador e candidato à reeleição foi citada diversas vezes pelos candidatos presentes. O púlpito vazio foi explorado, mas dificilmente será o suficiente para queimar a gordura de Ratinho em relação aos demais adversários. Por isto, os candidatos pediram aos eleitores a oportunidade de haver um segundo turno.
Faltou criatividade para a turma da oposição. Requião que sempre foi vezeiro em criar apelidos e situações histriônicas, como o Coronel Lobo, a bala de prata ou a galinha de borracha, não passou da provocação sem estratégia, chamando o governador de “Rato”. De um modo geral, os candidatos estavam cansados, olhos vermelhos, lentos, ausência de brilho.
Cada qual focou a sua especialidade. Professora Angela atacou a gestão da Educação. Também prometeu focar nos pequenos produtores, pequenos empresários e nos excluídos, sem detalhamento de como fazer.
Gomyde foi questionado das universidades estaduais e vendeu a possibilidade de revogar a Lei Geral das Universidades, ampliando a autonomia. Falou das suas ideias para manutenção de empregos com isenção de impostos. Criticou o pedágio e trouxe a proposta de tarifa inferior a R$ 5,00.
Requião foi aquele que trouxe uma ideia nova: aquisição em massa de placas solares, para isto vai usar a Copel para comprar o produto da China e fechar com os chineses a transferência de tecnologia para produção local. Criticou o pedágio e falou que terá o apoio do Lula para mudar o modelo feito por Ratinho Junior e o presidente Jair Bolsonaro. Veio com a promessa das tarifas de luz e água baratas.
Todos falaram sobre a distância da propaganda oficial e o mundo real. E nos encerramentos de cada um, o pedido de voto e a chance de um segundo turno foi pedida por todos.