Potencial candidato do PSD à Presidência da República, o governador do Paraná, Ratinho Junior, defendeu uma renovação de lideranças do País durante participação no AgroForum Cuiabá nesta quinta-feira (22). Para o governador, o Brasil precisa de uma nova geração no comando para “destravar” o País. Ele também criticou o excesso de burocracia que, segundo ele, impede o avanço de investimentos e infraestrutura.
“O Brasil está sendo governado há 40 anos pela geração das décadas de 50 e 60. Nada contra, muito obrigado, fizeram a sua parte. Agora é hora da minha geração assumir essa responsabilidade”, afirmou. “Chega de delegar tudo para eles. A minha geração precisa se posicionar, assumir cargos estratégicos e ajudar a desenvolver o Brasil”, acrescentou.
Ao lado do governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil), Ratinho defendeu que o País vive uma fase positiva de protagonismo estadual. “Talvez nos últimos 30, 40 anos – e eu sou suspeito para falar porque estou no cargo – nunca tivemos uma safra tão boa de governadores como a que temos hoje”, disse.
Segundo ele, governadores de todas as regiões têm conseguido tocar seus Estados com mais autonomia. “Boa parte deles não depende mais do governo federal para tocar o dia a dia. Eu mesmo tenho três obras federais que estou executando com dinheiro do Estado”, comentou. Ele criticou também o que chamou de lógica do “país do não pode”. “Vamos fazer uma ferrovia? Não pode. Uma rodovia? Não pode. Um loteamento? Também não pode. Isso precisa mudar”, disse.
O governador associou o problema a uma cultura de entraves e ao que chamou de “pequeno poder” na ponta. “O pequeno poder é o que trava o Brasil. É onde a pessoa se sente importante criando burocracia para os outros.” Usando uma metáfora do campo, Ratinho comparou o País a um cavalo de raça contido por amarras: “O Brasil é um puro-sangue com o freio puxado”.
O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, já afirmou que, “se o PSD tiver candidato à Presidência, será Ratinho Júnior”. A declaração ocorreu durante evento do PSD no Rio de Janeiro, ainda em abril de 2025. Na época, o dirigente o descreveu como “bem preparado” e responsável por “excelentes resultados no Paraná”.
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