Dentro do PT há uma certeza: a única forma de haver um segundo turno na disputa ao governo do Paraná é com o crescimento de Roberto Requião. A turma sabe que a luta vai ser grande, mas alguns sinais animaram a coordenação. Um deles, afirmou o presidente do PT estadual, o deputado estadual Arilson Chiorato, é um crescimento nas intenções de votos para o ex-governador. Esse movimento foi registrado nas pesquisas internas do partido. E outro é a volta da mobilização da militância, que a cada dia tem se identificado mais com Roberto Requião.
Ademais, há um dado interessante. Lula, que vinha com distância considerável de Jair Bolsonaro no Paraná, agora está com empate técnico segundo dados da última pesquisa do Ipec, antigo Ibope. Se um dia a distância foi de dois dígitos, o Ipec já aponta para o empate dentro da margem de erro.
A coordenação estadual do PT vê com otimismo esse fato, porque é a primeira vez que Lula vêm ao Paraná, depois do lançamento da candidatura de Requião. Na leitura dos petistas, o presidente Jair Bolsonaro já veio diversas vezes e não conseguiu ampliar a diferença, chegando ao teto no Estado.
Nas pesquisas internas, Requião começa a conquistar os votos da esquerda, mas só isto não será suficiente para provocar o segundo turno. Os petistas sabem que precisam furar a bolha. E acreditam na visibilidade que Lula pode dar a Requião e aos candidatos da Federação Brasil da Esperança do Paraná. Dia 17, data do comício de Lula em Curitiba, é visto como um dia do tudo ou nada.
E Requião também aposta nisso, tanto que está chamando todos para o comício.