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SAÚDE

Saúde de Curitiba dá dicas para evitar a dengue no período de férias de verão

02/01/2025
dengue

Com a chegada do verão e a programação de viagens de férias, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Curitiba alerta para os cuidados necessários para evitar a dengue, tanto em casa quanto no destino. Uma orientação que deve ser assumida por todos é o uso frequente de repelentes.

Além de cuidar da pele com o protetor solar, hábito saudável já assumido por grande número de pessoas, a orientação é incluir mais um item de proteção individual: o repelente.

Para garantir a proteção contra a picada dos mosquitos, o repelente deve ser o último item a ser aplicado na pele. O ideal é hidratar, aplicar o protetor solar e, depois de alguns minutos, usar o repelente. É necessário verificar na embalagem qual é o tempo aproximado de duração do produto para saber o prazo de reaplicação, que pode variar entre as marcas disponíveis no mercado.

Essa medida precisa se tornar um hábito, principalmente nos locais onde há epidemias recorrentes de dengue. Quem vai viajar para cidades com alta infestação do mosquito Aedes aegypti precisa incluir o repelente cotidianamente.

Não deixe água parada

Além das medidas de proteção individual, é preciso eliminar criadouros do Aedes aegypti, transmissor da dengue e de outras doenças, como zika vírus e chikungunya. A principal ação que deve ser incorporada pela família é vistoriar a casa semanalmente em busca de recipientes que acumulam água, ambiente que a fêmea do mosquito utiliza para depositar seus ovos.

No Plano Municipal de Combate à Dengue, elaborado pela SMS, está prevista a ação estratégica “10 Minutos Contra a Dengue”. A iniciativa inclui medidas simples que o curitibano deve fazer semanalmente em sua residência para eliminar possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti.

Os ovos do Aedes podem permanecer “adormecidos” no ambiente por até um ano sem eclodir. Quando há as condições ideais de calor e chuva, o ciclo de reprodução se reinicia.

Em dias mais quentes e úmidos, o ciclo entre a fase de ovo, larva e mosquito adulto é de cerca de sete dias, por isso a necessidade de manter a vistoria semanal para eliminar o risco de infestação. Em 2024, Curitiba registrou pela primeira vez mais casos autóctones (em que a infecção aconteceu na cidade) do que casos importados de dengue (infecção ocorreu em outro local).

Números

O painel da dengue, atualizado semanalmente pelo Centro de Epidemiologia da SMS, contabilizou 17,7 mil casos da doença em Curitiba entre janeiro e 6 de dezembro de 2024, sendo 12,7 mil autóctones e 5 mil importados. Em 2023, Curitiba confirmou 687 casos de dengue, sendo 652 importados e 35 autóctones.

Nos últimos meses de 2024, o ritmo de confirmações de casos na cidade diminuiu, mas a projeção é de que 2025 seja um ano pior para a dengue, o que demanda cuidado redobrado para evitar a infestação do Aedes e novos casos da doença.

Além de manter os cuidados frequentes para evitar a dengue, quem vai viajar precisa deixar a casa sem recipientes que podem acumular água durante o período em que a família vai estar fora. Veja onde procurar possíveis criadouros.

  • As lixeiras devem estar tampadas e protegidas das chuvas. Lembre-se de fechar bem o saco plástico.
  • Baldes, bacias, potes, pneus e garrafas devem ser guardados em locais protegidos da chuva. Se não forem mais usados, devem ser descartados para serem recolhidos pela coleta de recicláveis.
  • As caixas d’água devem ser bem tampadas, certificando-se que não há frestas para a entrada do mosquito.
  • Os vasos de plantas devem estar livres de pratinhos para reter a água da rega, principalmente na área externa. Dentro de casa, os pratinhos devem ser preenchidos com areia, para evitar o acúmulo de água.
  • Lave os potinhos de seu pet com esponja e sabão ao menos duas vezes por semana e mantenha em local coberto. Também é preciso lavar o bebedouro de passarinhos, que geralmente é deixado em árvores no quintal.
  • Piscinas precisam ter a água tratada e as bordas lavadas com esponja e sabão ou com produtos próprios para esse fim, inclusive as de plástico, que muitas vezes são esquecidas no fundo do quintal.
  • Tonéis, cisternas, bombonas, caixas d’água ou qualquer reservatório ao nível do solo precisam ser tampados ou vedados com tela fina de proteção. Sempre que possível, devem ser lavados com esponja e sabão.
  • Os brinquedos das crianças devem ser guardados em locais secos e protegidos da chuva. É comum um brinquedo esquecido no quintal acumular água. Também é necessário lavá-los com esponja e sabão para eliminar possíveis ovos depositados nas bordas.
  • Restos de construção, telhas, entre outros materiais inservíveis também precisam estar protegidos da água da chuva ou descartados adequadamente.
  • Atenção aos recipientes dentro de casa. Em algumas geladeiras, a bandeja de degelo, que fica na parte de trás, perto do motor, é um verdadeiro paraíso para os mosquitos: escondido, com calor e água. É preciso verificar semanalmente se acumula água e lavar com esponja e sabão.
  • Os aparelhos de ar condicionado, refrigerador portátil e ventiladores que têm recipientes com água também precisam de atenção e limpeza periódica.
  • Banheiros sem uso e ralos podem ser criadouros em potencial. No período de férias, tampe os ralos e coloque água sanitária nos vasos para evitar que o mosquito entre e deposite seus ovos.

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