Sergio Hondjakoff, conhecido por seu papel como Cabeção em Malhação, reflete sobre sua vida e as doze internações para que ele conseguisse se libertar do vício das drogas, em entrevista para o Gshow. Às vésperas de completar 40 anos, e há dois anos limpo, Sérgio se dedica ao ativismo na luta contra a dependência química.
As drogas trouxeram sérias consequências para a saúde mental de Sergio, resultando em síndrome do pânico e uma predisposição à esquizofrenia. “Me afastei dos amigos, não conseguia namorar e hoje, lembrar o que passei encarcerado numa clínica de reabilitação, me incentiva a me manter cada vez mais longe das drogas. Demorei a entender. Mas aprendi que a droga baixa a espiritualidade.”
Sergio Hondjakoff
Hondjakoff mora sozinho em Resende, no interior do Estado do Rio de Janeiro, e está se reerguendo aos poucos, se sustenta como garoto-propaganda. Recentemente, ele participou do filme A Caipora, ao lado de Kayky Brito e Camilla Camargo. O ator é também pai do Benjamin, de 4 anos, e busca fortalecer os laços com seu filho.
Nas redes sociais, Sérgio conta com quase 800 mil seguidores no Instagram, onde recebe o carinho e o apoio dos fãs, que têm organizado encontros com o artista. “Nas redes, eles pedem para eu voltar. Tenho marcado encontros presenciais com meus fãs. Eles me dão força! Tenho vergonha de ter caído nas drogas”, declara.
TDAH
Diagnosticado com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), Sérgio nunca teve acompanhamento profissional e procurou nas drogas a ajuda, inicialmente. “Meu TDAH era muito severo. Quando ia ao Domingão do Faustão, não era ele que me cortava, como fazia com os outros convidados. Eu que falava pouco. Na época, a maconha me ajudou a me sentir mais relaxado. Consumir maconha foi um despertar xamânico para mim. Me sentia seguro e seu consumo me ajudava a chegar da gravação da novela e dormir”, relembra.
Cocaína
No entanto, usava cocaína desde os 15 anos, também acreditando que a droga o ajudava a resolver questões mentais, até afetar sua acadêmica e profissional. “A droga me fez largar a leitura, os estudos. Em um determinado momento da minha vida, queria abandonar a carreira artística e entrar para uma faculdade. Adoro ciências exatas. Mas não consegui”, relembra.
Reabilitação
Para se manter afastado das drogas, Sérgio conta com o apoio de um psicólogo, psiquiatra e terapeuta, que cuidam do seu processo de reabilitação. Nas redes sociais, ele compartilha vídeos falando sobre os malefícios das drogas.
Agora seus objetivos são atuar como protagonista de um filme e estreitar a relação com seu filho. “Tenho estudado muito, lido bons livros e, se Deus quiser, poder ser mais generoso com a Danielle, que tem sido uma mãe maravilhosa para o meu filho”, conclui.
Foto: Divulgação/Graça Pires
Leia outras notícias no HojePR.