Neste Dia das Crianças, a história do Menino Maluquinho estreia na Netflix como primeira série brasileira de animação da plataforma. A adaptação do clássico de Ziraldo chega no streaming com nove episódios que prometem criar uma nova geração de fãs do garoto da panela na cabeça, “com o olho maior que a barriga e vento nos pés”.
O seriado gira em torno da imaginação sem limites e espontaneidade de um garoto de dez anos que subverte a realidade ao seu redor. Na história, os pais do menino se divorciaram. A mãe de Maluquinho conseguiu um emprego em uma nova cidade, e seu pai se mudou para lá também para ficar perto deles.
Acostumado com a vida confinada em uma cidade grande, Maluquinho agora está livre para vagar pelas ruas e explorar sozinho ou com seu novo e incrível grupo de amigos. “A obra do Ziraldo tem a preocupação da criança ser feliz hoje, enquanto é criança”, comenta a produtora e showrunner da adaptação, Carina Schulze.
“Então, na série do Menino Maluquinho, usamos todo potencial de imaginação ao máximo para que essa criança seja feliz no presente e se torne um adulto alegre no futuro”, afirma.
Segundo Carina, Ziraldo teve uma participação essencial na produção. O escritor participou das reuniões de arte e seu filho, Antônio Pinto, criou as músicas da série. “Nos ancoramos na essência do livro, mas buscamos modernizar o contexto, algumas piadas e cenários”, explica o produtor Rodrigo Olaio.
Adaptações
Por se tratar de uma animação para um público que tem a partir de 6 anos de idade, Carina explica que buscaram deixar o ritmo da série mais acelerado e com piadas mais atuais. Ela ainda destaca uma curiosidade nos bastidores da produção: “falamos para todos os artistas trazerem um pouco da infância deles pra série. Então um grafite que aparece é um que realmente tinha na rua de um dos ilustradores. O cachorro do Bocão é igual a de um dos nossos artistas. Ao invés de criar uma locação em qualquer lugar do mundo, resolvemos optar pela simplicidade e essência de Ziraldo”, explica.
“A gente quer mostrar uma série pra incentivar a imaginação das crianças e também passar uma mensagem para os adultos de sempre se questionar, questionar elementos ultrapassados do status quo e se permitir ser autêntico como uma criança”, conclui.
(Estadão Conteúdo)