O cenário macroeconômico e os novos perfis de consumo têm levado o mercado financeiro a se reinventar a cada dia. São adaptações que também podem ser vistas como oportunidades, pois acabam remodelando o sistema como um todo. Com o intuito de modernizar o setor e aumentar o acesso da população aos serviços financeiros, a chegada de novos meios de pagamento digital e do Open Finance no Brasil torna o ambiente ainda mais promissor. Para lidar com essa realidade, bancos e cooperativas têm investido em tecnologia, tanto em grandes cidades quanto no interior.
Pagamentos, transferências, pedidos de empréstimos, contratação de seguros e operações de câmbio são alguns exemplos de serviços que clientes de instituições financeiras podem ter acesso com um simples clique. Um estudo da consultoria Serasa Experian, realizado mundialmente em 2022, mostrou que 72% dos consumidores confiam nas carteiras digitais para realizar seus pagamentos e, no Brasil, esse índice alcança a marca de 87%. “A digitalização proporciona não só a comodidade de realizar transações sem precisar sair de casa, como também reduz a possibilidade de ocorrerem falhas. E a variedade de transações possíveis cresce ano após ano com o desenvolvimento e a evolução da tecnologia financeira”, pontua o diretor-executivo da TOTVS Curitiba, Márcio Viana.
Para se adequar às novas demandas, empresas do setor investem não só em melhorias dos serviços e em inovação, mas também na ampliação do portfólio e reforço da equipe. A Sicredi Campos Gerais e Grande Curitiba PR/SP, uma das 105 cooperativas que formam o Sistema Sicredi, tem realizado diversas ações nesse sentido. “As novas tecnologias são aliadas no entendimento das necessidades de nossos associados. Por isso, temos várias providências que vêm sendo tomadas em nossa cooperativa por meio de pesquisas, relacionamento com associado e, até mesmo, pelo uso de uma ferramenta própria denominada Otimiza, que irá agilizar o trabalho operacional de nossos colaboradores e atender as demandas de crédito de nossos associados em pouquíssimo tempo”, explica a diretora de operações da Sicredi Campos Gerais e Grande Curitiba PR/SP, Tilene Moerschbacher Farina.
Para além da tecnologia
Segundo a Idwall, plataforma de validação de identidade, gestão de riscos e onboarding digital, a estimativa é que o Brasil teve 184 milhões de contas digitais abertas em 2022. Nesse contexto, automação e digitalização dos serviços deixaram de ser apenas uma tendência para se tornar uma demanda cativa das instituições financeiras e empresas correlatas. Principalmente tendo em vista que a movimentação de recursos financeiros é um processo bastante sensível e que requer agilidade, segurança e transparência. “A tecnologia é o presente e o futuro do setor financeiro. Mas, para garantir o sucesso nessa jornada, é preciso investir de forma estratégica no que realmente vai transformar as organizações com segurança e escalabilidade”, afirma Márcio Viana.
As instituições financeiras estão investindo em soluções digitais para garantir maior velocidade, disponibilidade, segurança e eficiência no atendimento aos seus clientes, que cada vez mais escolhem plataformas digitais para realizar investimentos e pagamentos. Na Sicredi Campos Gerais e Grande Curitiba PR/SP, 93% dos associados dos mais de 118 mil associados utilizam os canais digitais para otimizar o tempo e agilizar os negócios. “A tecnologia está em todos os setores da sociedade e vivemos um momento de desenvolvimento tecnológico acelerado que reflete no mercado financeiro. Nas cooperativas, além de termos um olhar voltado para a tecnologia, temos como diferencial o cuidado e o relacionamento com o nosso associado”, afirma a diretora de operações.
Mas disponibilizar apenas serviços financeiros on-line e um atendimento rápido não é suficiente para as instituições financeiras atraírem e fidelizarem clientes. “Bancos e cooperativas que humanizam o atendimento ao cliente têm mais chances de se destacar no mercado, principalmente quando aproveitam os dados que dispõem para oferecer serviços financeiros personalizados”, analisa Márcio Viana. “O momento é de unir o atendimento presencial com o digital, por isso continuamos a expandir a rede física das agências ao mesmo tempo que investimos nos canais digitais para proporcionar uma experiência positiva em todos os pontos de contato com a marca”, finaliza Tilene.
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