A gritaria do deputado Ricardo Arruda (PL) contra o deputado federal Filipe Barros (PL) pode ter consequências complicadas para o ex-missionário. Fabio Wajngarten, principal assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro, afirmou que irá acionar a Comissão de Ética do PL contra Arruda. “Política tem vez e hierarquia. Não é admissível um deputado estadual, com menos de 2% de intenções de votos, gravar escondido uma reunião no escritório do Presidente Jair Bolsonaro e agora atacar um deputado federal, aliado de primeira hora, em virtude da escolha do partido pelo nome do Paulo Martins a pré-candidato em Curitiba”, disse ele.
A bronca de Arruda é que ele foi preterido por Bolsonaro, que diante da desistência do deputado Beto Richa (PSDB) em migrar para o PL, anunciou apoio à candidatura do ex-deputado Paulo Martins para a Prefeitura de Curitiba. Arruda pretendia ser o candidato do partido e chegou a anunciar que teria apoio do ex-presidente.
Pouca gente levou Arruda a sério, tanto que a Radar, que está preparando uma pesquisa eleitoral sobre a eleição em Curitiba, sequer o incluiu na sondagem. Ao contrário, é o nome de Paulo Martins que aparece nos questionários do instituto.
A ordem, segundo uma fonte do HojePR, é isolar Arruda. Sem apoio para ser candidato a prefeito de Curitiba, o deputado não será sequer bem vindo ao palanque de Paulo Martins, diz essa fonte.
Gravações
A postura de Arruda nos últimos dias teria irritado o ex-presidente e, consequentemente, destruído qualquer relação entre os dois. Não pegou bem o fato de Arruda ter gravado e publicado um vídeo de Beto Richa e do deputado federal Filipe Barros, que intermediou o encontro com Bolsonaro, saindo da reunião.
Também em vídeo, publicado nas suas redes sociais, Arruda acusou Filipe Barros de expôr Bolsonaro, alegando que Beto Richa não seria antipetista, por supostamente ser próximo do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), e por Richa ter sido preso na Operação Lava Jato. Vale lembrar que ,o final do ano passado, o ministro do STF, Dias Toffoli, anulou todas as ações contra o tucano no âmbito da operação Lava Jato porque entendeu ter havido conluio judicial com base em mensagens trocadas entre o então juiz Sergio Moro e o procurador Diogo Castor de Mattos.
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