Pular para o conteúdo

HojePR

The Doors: Psicodélicos e cativantes

18/05/2022

No dia 4 de janeiro de 1967, a banda The Doors lançou seu autointitulado primeiro álbum. É considerado o 42º melhor álbum de todos os tempos e um dos melhores álbuns de estreia de uma banda. Não poderia ser diferente. A banda já começou incrível, com Jim Morrison nos vocais, Ray Manzarek nos teclados, Robby Krieger na guitarra e John Densmore na bateria. As melodias trabalhadas e as letras estonteantes, na sua maioria escritas por Morrison, marcaram o álbum. E também uma época.

 

O início de Break On Through é espetacular. A canção é espetacular. A guitarra é um marco. Os teclados ditam o ritmo e solam ao mesmo tempo. E Morrison canta soltando toda sua poesia visceral.

 

Soul Kitchen tem um teclado despretensioso, mas uma guitarra blues-folk inigualável, que, ora dá ritmo, ora sola magnificamente. Uma pérola do álbum. Os vocais são relaxados e divertidos.

 

The Crystal Ship começa com vocais declamados e teclados lentos, com um andamento simples da bateria. E prossegue como uma oração. Uma oração divina e arrebatadora. Difícil não se emocionar.

 

Twentieth Century Fox é comandada pelos teclados, mas cresce na hora certa. A guitarra carrega bem a base. E sola com precisão. Maravilhosa.

 

Alabama Song (Whiskey Bar) é uma composição de Bertolt Brecht e Kurt Weill, que faz parte da peça Hauspostille de 1927. Manzarek se encantou pela peça e pela canção e pediu para a banda gravar. E ficou espetacular.

 

Light My Fire é o grande sucesso do álbum. Seu teclado rasgando o início da canção é marcante, com um solo devastador no meio da canção. A guitarra é coesa. E os vocais? Simplesmente antológicos. Jamais igualados. Uma das melhores canções do século XX. “C’mon baby light my fire!”. Inesquecível.

 

Back Door Man é um country-blues arrasador. Os teclados comandam mais uma vez. Porém a guitarra é pesada e cativante. Vocais gritados com todo o poder da alma de Morrison.

 

I Looked At You tem uma bateria simples e perfeita. Psicodelia pura dos anos 1960. Uma canção agradável e forte, ao mesmo tempo. Fabulosa.

 

End Of The Night e sua guitarra blueseira, é maravilhosa. Seu solo é sobrenatural. Os teclados são soturnos e Morrison canta com uma melancolia absurda.

 

Take It As It Comes tem vocais mais rápidos e mais ritmados. Os teclados solam e comandam tudo de novo. É uma canção espetacular. A cara da banda.

 

O álbum encerra com The End. E que encerramento. Nenhuma banda fez isso. Em nenhum álbum. Em todos os tempos. É a canção certa, no lugar certo, na época certa. E que ficará eternizada. Assim como o The Doors. Revolucionário. Cativante. Estupendo. Contestador. Alucinante. Puro rock’n’roll. O bom e velho rock’n’roll.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *