A tireoide é uma glândula que fica na base do pescoço, na região anterior, e produz dois hormônios: a tri-iodotironina (T3) e a tiroxina (T4). Esses hormônios são essenciais para a saúde da mãe e do feto na gestação.
“No início da gestação, há o desenvolvimento neurológico do bebê e isso depende de níveis adequados de hormônios tireoidianos. Enquanto a tireoide do feto não está totalmente formada (o início se dá a partir da 8ª semana de gestação) ele depende totalmente do hormônio materno”, declara Dra. Carolina Ferraz, endocrinologista da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional São Paulo (SBEM-SP).
A endocrinologista destaca cinco coisas sobre tireoide e gestação:
1 – Na mãe, as disfunções da tireoide podem alterar a pressão arterial e aumentar o risco de abortos e partos prematuros.
2 – A paciente que sabe possuir disfunções na tireoide deve informar o médico logo que descobrir a gestação ou, melhor ainda, informar com antecedência a intenção de engravidar, para que as doses dos medicamentos sejam devidamente ajustadas. “Com o ajuste e acompanhamento adequados, pode-se reduzir o risco de complicações para a mãe e o bebê”, diz Dra. Carolina.
3 – O fato de a mãe ter doença da tireoide não quer dizer que o bebê também a terá. Mas é importante o acompanhamento da mãe também após o parto em conjunto com o bebê, que será avaliado por um pediatra, para poder identificar com antecedência qualquer alteração no recém-nascido.
4 – É muito importante que seja feito o teste do pezinho no recém-nascido entre o terceiro e quinto dia de vida, para rastrear doenças raras como o hipotireoidismo congênito, que se não for detectado precocemente pode acarretar deficiência intelectual irreversível na criança.
5 – É importante que a mãe com doença tireoidiana seja reavaliada no segundo mês após o parto. Para tanto, deve retornar ao médico nesse período para que ele solicite os exames necessários.