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27/04/2024



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Transporte coletivo: São Paulo deve adotar tarifa zero aos domingos ou à noite

 Transporte coletivo: São Paulo deve adotar tarifa zero aos domingos ou à noite

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), afirmou, nesta quinta-feira (23), que avalia adotar a tarifa zero aos domingos ou em períodos noturnos no transporte coletivo da capital paulista. O objetivo, disse ele, é usar a medida como uma teste para entender os efeitos da gratuidade da passagem na cidade.

 

“O que a gente está pensando, e ainda não está definido, é iniciar um processo para sentir como vai ser o comportamento, se a tarifa zero realmente vai trazer um ganho para a economia, um movimento econômico maior”, disse o prefeito, ao final de evento realizado na manhã desta quinta no centro de São Paulo.

 

A previsão é que a proposta custe entre R$ 400 e R$ 500 milhões por ano. Nunes planeja que a medida seja incluída já no orçamento de 2024. Por conta disso, tem conversado com o relator do orçamento na Câmara Municipal. “São mais de 12 mil de ônibus, então qualquer movimento desse tem que ser muito bem pensado”, afirmou o prefeito.

 

“A ideia que está mais sendo apreciada é a de domingo, que é um dia que não tem tanta movimentação, para o domingo ter o aquecimento da economia. Fazer girar a economia, pensando na geração de emprego, renda e no fortalecimento econômico da cidade”, acrescentou. O tema da tarifa zero começou a ser abordado com mais frequência por Nunes a partir do ano passado.

 

Queda de passageiros

A adoção da medida é avaliada em um contexto de queda de passageiros no transporte público municipal. “Nós tínhamos, em 2019, nove milhões de passageiros por dia. Hoje, são sete milhões”, disse. “Nós estamos fazendo essas ações, mantendo a tarifa congelada, fazendo reformas de corredor (de ônibus), para poder atrair mais passageiros para o transporte coletivo.”

 

Em paralelo, segundo levantamento do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) em parceria com a ONG Minha Sampa, o número de viagens ofertadas entre 2019 e este ano diminuíram, em média, 20% na cidade. As regiões mais afetadas são as zonas leste, norte e sul, com quedas de 21,1%. Em nota sobre o estudo, a Prefeitura afirmou que a oferta de transporte público é mantida sempre acima da demanda.

 

Subsídio recorde

No último ano, o subsídio pago para o transporte coletivo bateu recorde em São Paulo, chegando a R$ 5,2 bilhões. Como mostrou o Estadão, pela primeira vez, o aporte pago pelo poder público — R$ 5,1 bilhões da Prefeitura e R$ 160 milhões do governo federal — representou mais da metade do custo total do sistema, que foi de R$ 10,3 bilhões.

 

Atualmente, o valor das passagens está fixado em R$ 4,40. “Se vai ter aumento ou não, ainda não sei. Preciso sentar com o governador Tarcísio (de Freitas), tem toda uma questão da integração de CPTM e de Metrô. Mas precisamos atingir essa meta, que é aumentar o número de passageiros”, afirmou Nunes.

 

No começo deste mês, o município de São Caetano do Sul, no ABC Paulista, instituiu a gratuidade nas linhas de ônibus municipais. A isenção da tarifa é válida para as oito linhas geridas pela Viação Padre Eustáquio (Vipe), concessionária de transportes do município. Foi a terceira cidade da Grande São Paulo a instituir a tarifa zero nos ônibus municipais. A primeira foi Vargem Grande Paulista, em 2019. Um ano depois, foi a vez de Pirapora do Bom Jesus.

 

 

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