Se você é daquelas que gosta de promover grandes alterações no cabelo, descolorir os fios, fazer escovas progressivas, alisamento permanente, selamento e até botox, tome cuidado: o excesso de mudanças pode causar queda de cabelo e, com isso, o chamado dano químico, que se não for devidamente cuidado, pode se transformar no corte químico, terror de todo profissional e cliente.
Quando acontecem os danos químicos dependendo da severidade, a única alternativa é cortar o cabelo e dar um tempo nos procedimentos químicos até que o fio se recupere. Para evitar essa medida drástica, o HojePR, com a ajuda da cabelereira e terapeuta capilar Dodô Oliveira, que tem mais de 30 anos de experiência, preparou um guia de como identificar e superar danos químicos.
O que é dano químico?
Produtos químicos utilizados nos tratamentos de alisamento e descolorações muitos constantes, e muito fora do seu tom natural (platinados), podem causar quebras graves nos cabelos. “Há uma quantidade aceitável de desgaste que o cabelo pode suportar mas, depois desse ponto, ele simplesmente não irá reagir a nenhum tipo de tratamento, sendo necessário cortar o cabelo morto e danificado”, explica Dodô.
Quais as causas?
A sobreposição de procedimentos é a principal causa da maioria dos danos, que podem ser provocados por um profissional. Porém, todo procedimento também leva em conta a maneira de como a cliente trata o cabelo em casa. “O home care é muito importante, sempre aliado a uma boa condição fisiológica. Se você gosta de ser super platinada, não abre mão de fazer mechas, aliadas a outros procedimentos, tem que usar produtos de primeira linha, manter uma rotina de hidratações, nutrições e ter uma boa alimentação”, avalia Dodô.
Além de todos estes cuidados em casa, sua rotina de salão precisa ser mantida. Não adianta ir fazer um procedimento químico e aparecer meses depois para os retoques, sem ter cuidado adequadamente dos cabelos neste intervalo. “Existem alguns medicamentos que influenciam diretamente na fragilização capilar: antidepressivos, interrupção de anticoncepcional, regimes drásticos e o uso constante de chapinhas e modeladores quentes, sem a devida proteção e cuidado, provoca nos fios uma severa desidratação, que leva a quebra sutil, porém sistemática dos fios”, alerta a especialista. “Temos diferentes níveis de danos capilares que, se não forem tratados adequadamente, podem tornar-se um corte químico, que é irreversível. Quando ocorre só resta aguardar o crescimento dos fios”, completa.
Como fazer controle de danos?
Sua primeira ação é parar o que você está fazendo. “Fazer uma boa análise capilar junto com um profissional e descobrir as causas que, uma vez identificadas, indicam quais os tratamentos são adequados. Esses tratamentos podem ser tópicos, como hidratações”, orienta Dodô. “Já existe no mercado uma gama de medicamentos sem contraindicação que ajudam na recuperação capilar. Vale também mudar de estilo, uma nova cor, menos agressiva, um corte diferente, assumir seus cachos. O conceito de beleza capilar está cada vez mais voltado para saúde, naturalidade, autenticidade. Vale tudo para você ter cabelos brilhantes, sedosos e cheio de saúde”.
Qual é o melhor plano de recuperação?
Aliado ao seu cabeleireiro, você pode ajudar muito usando produtos adequados. Lembrando que tem duas situações a serem analisadas: couro cabeludo e fios. Você pode, sim, usar um shampoo de uma determinada linha e a máscara e o condicionador de outra. “Os kits são bons, criados para facilitar a vida das clientes, porém não é sempre que couro cabeludo e fios precisam dos mesmos ativos ao mesmo tempo”, avisa Dodô.
Se você está com couro cabeludo com excesso de oleosidade e pontas secas provocadas por excesso de colorações, pode usar shampoo com óleo de alecrim que é tônico, como o shampoo +EQUILIBRIO da SMELLBOX.
Para cabelos finos e quebradiços o ideal são produtos com aminoácidos, como a arginina e o ácido hialurônico, que você encontra na linha +VOLUME e na AMPOLA S.O.S. da SMELL BOX.
Além disso, você tem que cortar o cabelo. “Fazer um corte de cabelo para remover qualquer quebra é uma obrigação. As pontas danificadas estão além do reparo neste momento”, explica Dodô. Usar proteção térmica e condicionadores sem enxague, além de ajudar a prevenir pontas duplas, disciplina os fios novos e os quebrados, evitando o avanço do ressecamento extremo.
“Sempre que você alisar quimicamente os fios ou colorir o cabelo, procure não fazer muito próximo de ir para praia, evite piscinas nos primeiros dias e procure tratar sempre com o mesmo profissional, mantendo com ele/ela uma relação de transparência. A quebra de cabelo é danosa para a cliente e para o profissional, pois abala sua imagem, reputação. Quando isto acontece, a melhor atitude é conversar para acharem juntos a melhor solução. No entanto, em 95% das vezes, o corte químico pode ser evitado, especialmente se você estiver trabalhando com um profissional competente que possa determinar se seu cabelo pode resistir aos produtos químicos”, finaliza a especialista.
1 Comentário
Ótima reportagem, com dicas práticas e objetivas.