Israel Reinsten
Há 25 anos que o assunto pedágio é um tema definidor de eleições. O tema elegeu governador e enfraqueceu candidatos. Agora, oposição e situação brigam para manter o assunto no silêncio ou mobilizar a população contrária à cobrança. Por enquanto, nessa guerra, quem ganha é o governo, que abriu cancelas e não está cobrando tarifas.
O sistema foi implantado em 1997, quase estragou a reeleição de Jaime Lerner, que é acusado de criar o pior pedágio do Paraná. Depois elegeu e reelegeu Roberto Requião, com promessas do “baixa ou acaba”, jamais concretizadas. Trouxe dores de cabeça para Beto Richa, que tentou ajustar o contrato e colocar obras, mas respondeu ao Judiciário pelas mexidas nos contratos.
Agora, a turma do governador Carlos Massa Ratinho Junior quer deixar escondido o tema pedágio, fingindo que o processo de licitação não afetará a eleição.
Modelo redondo
O governador já repetiu diversas vezes essa frase: “o mais importante é que o novo modelo de pedágio está redondo. E devermos aguardar o TCU terminar a análise”. E todas as vezes cita como avanços as tarifas reduzidas, descontos para usuários habituais e também as cobranças diferentes para as rodovias simples e duplicadas.
Quando foi aberto o ano legislativo de 2022, Ratinho recebeu o apoio do presidente da Casa, Ademar Traiano, que destacou que Governo e Assembleia nada têm para fazer a não ser esperar. “A discussão do pedágio já exauriu-se. Agora, quem vai discutir valores é a bolsa de valores, não será a Assembleia muito menos o governo do estado”, destacou.
Outro Lado
Mas a turma de oposição não vai dar trégua. O ex-governador Roberto Requião já vem batendo na licitação do pedágio, criticando a ampliação da malha pedagiada, para 3.300 quilômetros, e a extensão da validade do contrato que será de 30 anos. Na mesma linha está o deputado estadual Luiz Claudio Romanelli que, recentemente, denunciou a falta de sincronia das obras com os projetos urbanísticos municipais.
Do lado mais a esquerda, os tiros são dados pelo deputado petista Arilson Chiorato, atual presidente do PT Paraná. Ele bate nas obras que faltaram do contrato antigo, das obras atuais, feitas com dinheiro público (como PR-445) e das escassas audiências públicas.
Balança
Por enquanto, Ratinho tem a vantagem da abertura das cancelas. Depois de anos pagando altos pedágios, o usuário embarcou na história da viagem de graça. Agora, cabe a oposição criar uma narrativa mais forte para que o pedágio realmente impacte a eleição. Até o momento a narrativa é fria e não empolga revoltas populares.
Do lado mais a esquerda, os tiros são dados pelo deputado petista Arilson Chiorato, atual presidente do PT Paraná. Ele bate nas obras que faltaram do contrato antigo, das obras atuais, feitas com dinheiro público (como PR-445), e das escassas audiências públicas.
Balança
Por enquanto, Ratinho tem a vantagem da abertura das cancelas. Depois de anos pagando altos pedágios, o usuário embarcou na história da viagem de graça. Agora cabe a oposição, criar uma narrativa mais forte para que o pedágio realmente impacte a eleição. Até o momento a narrativa é fria e não empolga revoltas populares.