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Van Halen: Sammy Hagar perpetua o poderoso hard rock da banda

25/01/2023
van halen

Já escrevi sobre o Van Halen nessa coluna. Mas não sobre a fase Sammy Hagar, o vocalista/guitarrista que substituiu David Lee Roth em 1985. Balance o décimo álbum da banda é ES-PE-TA-CU-LAR! Lançado em 24 de janeiro de 1995, com produção de Bruce Fairbairn, é o último álbum a alcançar o topo no ranking de vendas da Billboard 200, e também o último com Sammy Hagar nos vocais.

 

 

The Seventh Seal inicia o álbum, já com a bateria poderosa de Alex Van Halen e muita, mas muita guitarra, a cargo de seu irmão Eddie Van Halen. A voz de Sammy se encaixa perfeitamente na melodia. Abertura fabulosa para um álbum.

Can’t Stop Lovin’ You é uma balada hard, com guitarras estonteantes e a bateria comandando a canção. A voz de Sammy está perfeita e o baixo de Michael Anthony é impecável. Tem coro nos vocais. E a letra é sensacional. “I can’t stop lovin’ you, and no matter what I say or do, you know my heart is true, Oh, I can’t stop lovin’ you.

 

 

Don’t Tell Me (What Love Can Do) mostra a versatilidade de Eddie com sua guitarra. Começa cadenciada pela bateria pesada e uma linha de baixo maravilhosa. Mais um show de Sammy nos vocais. E muita guitarra. E muito bem tocada, com solos coesos e criativos.

Amsterdam é um heavy blues enérgico, com muita guitarra, óbvio, e vocais mais melódicos com muito backing vocals.

Big Fat Money é a cara da banda. Solos velozes de guitarra, bateria muito rápida e pesada, baixo cadenciado e vocais gritados. E mais solos de guitarra. Hard rock puro.

Strung Out é uma faixa experimental toda instrumental, que introduz uma das mais belas baladas do hard rock, a maravilhosa Not Enough. Com Eddie ao piano e Sammy soltando a voz, a canção se inicia lentamente. Na segunda estrofe entra o poder da bateria e a canção vai ficando pesada, sem deixar de ser uma balada. E o solo de guitarra no final é esplendoroso. A melhor faixa do álbum.

 

 

Aftershock já mostra as guitarras ferozes de Eddie e a grandiosidade da bateria de Alex. Depois de uma balada, nada melhor que um hard rock poderoso. Excelente canção. Certeira.

 

 

Doin’ Time é outra faixa instrumental, agora com solos de bateria. Emenda com Baluchitherium, também instrumental. Mas com bateria, baixo e muitos solos de guitarra. Ótima faixa.

Take Me Back (Dejà Vu) inicia com violões, teclados e percussão. Logo Sammy canta e a melodia explode. A bateria sempre poderosa comanda a canção. E as guitarras aparecem solando. Tem backing vocals extraordinários. Aliás, uma característica da banda.

Feelin’ encerra o álbum com maestria. Uma das melhores canções do álbum. E da banda. E do hard rock. Só voz e guitarra no seu início. Logo entra o baixo e os backing vocals. A guitarra é estratosférica. E o refrão é matador. “Feelin’, no I don’t like what I been told, I’m feelin’, feelin’, what no one else will ever know.” O solo de guitarra é acompanhado pelo baixo, fazendo uma dobradinha incrível. Ecos de Black Sabbath. Simplesmente encantadora.

 

 

Na versão japonesa do álbum existe uma faixa bônus.

Crossing Over começa bem cadenciada, com teclados e guitarras distorcidas. A bateria tem ecos de Pink Floyd. A voz de Sammy sussurra poderosamente a letra. É realmente um bônus.

Depois deste álbum, Sammy Hagar gravou a canção Humans Being, que está na trilha do filme Twister, também inclusa em uma coletânea. Sammy e o baixista Michael Anthony continuam com o hard rock em outra banda, The Circle. E depois da morte de Eddie Van Halen em 2020, não veremos mais a banda. Fica o seu legado na banda Mammoth WHV, capitaneada pelo seu filho Wolfgang Van Halen. Para perpetuar o hard rock mundial. O bom hard rock. O bom e velho rock’n’roll.

 

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