Da Redação
O Movimento Brasil Livre (MBL) anunciou, neste sábado (10), que vai protocolar, na segunda-feira (12), um pedido de cassação do mandato do vereador João Bettega (União Brasil). A medida foi tomada após o pedido de exoneração coletiva dos assessores do parlamentar, que acusaram Bettega de abandonar suas funções legislativas para se dedicar exclusivamente à produção de “vídeos idiotas” para redes sociais.
Os ex-servidores apontaram que o vereador era pouco produtivo e que seu gabinete havia se transformado num espaço esvaziado de propostas e compromissos com o trabalho legislativo. “Nada era feito, a não ser vídeos para tentar lacrar”, relatou um ex-assessor. Os depoimentos foram decisivos para a decisão do MBL, que já havia se distanciado do parlamentar.
A principal base do pedido de cassação, no entanto, envolve uma denúncia mais grave: segundo o MBL, Bettega sabia que o ex-presidente do Instituto Municipal de Turismo de Curitiba, José Luiz Velloso, havia sido condenado por improbidade administrativa. O vereador, no entanto, não denunciou Velloso, que foi exonerado quando o prefeito Eduardo Pimentel soube da condenação. Para o MBL, o silêncio de Bettega diante da situação representa não apenas conivência, mas cumplicidade com comportamentos incompatíveis com o mandato eletivo.
Com apenas 28 anos, Bettega representa uma geração que encara a política como extensão de suas redes sociais, priorizando likes e curtidas em detrimento de projetos, debates e articulações. O estilo performático de atuação também já havia provocado desgaste entre lideranças do movimento, que decidiram expulsá-lo do movimento. Além disso, o MBL acusa o vereador de se aproximar de grupos bolsonaristas em Curitiba, abandonando as bandeiras liberais e reformistas que o elegeram.
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