Um dos grandes acertos do prefeito Eduardo Pimentel foi adotar um critério técnico para a montagem do seu secretariado. Ainda vice-prefeito, Eduardo resistiu à romaria de vereadores que não tiveram competência para se reeleger e, de forma até constrangedora, mendigaram exaustivamente por uma Secretaria Municipal. Fiel ao seu estilo, e sempre educado, o prefeito eleito não se abalou à choradeira.
Para o segundo escalão, o critério sofreu uma ligeira mudança. A administração da Regional do Portão acabou caindo nas mãos de um ex-vereador. Há boatos de que outros três ex-parlamentares reprovados pelas urnas podem ganhar um cargo no Executivo municipal.
Receber um cargo público quando nem o eleitor lhe confiou um mandato é uma dicotomia perigosa e desnecessária. Um dos cargos que, dizem, pode ser entregue a um dos ex-vereadores que não voltaram para a Câmara é a Superintendência de Trânsito da capital. Apesar de ser considerado de segundo escalão, é um dos cargos mais importantes da administração municipal e exige, dessa forma, qualificação técnica do indicado. Algo que nenhum ex-vereador tem.
A Superintendência de Trânsito de Curitiba, vinculada à Secretaria de Defesa Social, foi administrada pela engenheira Rosângela Batistella, uma das maiores especialistas em trânsito do Brasil. Uma cidade do tamanho de Curitiba obviamente tem problemas de trânsito, no entanto, seguramente seriam piores nas mãos de alguém sem qualificação para o cargo. Logo, espera-se que a escolha seja por um engenheiro com a expertise necessária para dar continuidade ao excelente trabalho da ex-superintendente.
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