A Voepass entrou com um pedido de recuperação judicial na noite desta terça-feira (22). A informação inicialmente foi divulgada pelo portal G1. A companhia atravessa graves problemas após um acidente aéreo que vitimou 62 pessoas em 2024 e, recentemente, teve os voos suspensos pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
A aérea acumula em torno de R$ 400 milhões em dívidas, sem contar débitos em dólares, segundo informações da petição apresentada pela empresa. Em nota, a Voepass informou que o pedido é parte de uma estratégia para reorganizar as finanças e estruturar o capital da empresa, em continuidade ao processo de reestruturação financeira iniciado anteriormente.
Ao suspender as operações da Voepass, a Anac falou em “quebra de confiança” em relação aos processos internos da empresa e “falta de efetividade” no plano de ações corretivas. Com sede em Ribeirão Preto, no interior paulista, a empresa está sob rígida fiscalização da agência desde que, em agosto do ano passado, um avião seu caiu sobre um condomínio residencial em Vinhedo (SP), causando 62 mortes.
No último dia 14, a empresa anunciou a demissão de “parte do quadro” de trabalhadores, incluindo tripulação, aeroportuários e pessoas de áreas de apoio. Sem divulgar o número de desligamentos, a aérea afirma que a medida visa “readequar seu quadro de funcionários à nova realidade”.
Antes da suspensão, a aérea, formada pela Passaredo Transportes Aéreos e pela Map Linhas Aéreas, vinha atuando com uma frota de seis aeronaves com voos para 17 destinos, com destaque para viagens regionais.
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