O PicPay anunciou nesta segunda, 11, que irá integrar o pagamento via Pix ao WhatsApp, permitindo que os usuários realizem transferências e pagamentos por meio do aplicativo de mensagens. A novidade, fruto de uma parceria com a Meta, tem como principal atrativo o uso de inteligência artificial (IA) generativa, prometendo simplificar as transações financeiras.
A IA do PicPay, desenvolvida com a tecnologia do Microsoft e da OpenAI (mesma do GPT-4), é capaz de reconhecer chaves Pix em diversos formatos, como textos, áudios e imagens, mesmo em contextos complexos, como conversas, tabelas de preços e fotos. A Meta, controladora do WhatsApp, forneceu a infraestrutura e o acesso à sua plataforma de mensagens, enquanto a Microsoft disponibilizou a tecnologia de IA generativa.
Segundo Danilo Caffaro, vice-presidente de Serviços Financeiros de Pessoa Física do PicPay ,o Azure OpenAI Service da Microsoft já vinha sendo aplicado no atendimento do app durante um ano. Sendo assim, a empresa aproveitou a oportunidade de utilizá-lo também para o Assistente PicPay no WhatsApp, ao invés da Meta AI, por exemplo.
Como funciona
Para realizar um Pix pelo WhatsApp, o usuário precisará compartilhar a chave Pix com o Assistente PicPay no aplicativo de mensagens. A IA reconhece a chave e extrai as informações relevantes para a transação, que é concluída no aplicativo do PicPay com autenticação biométrica para garantir a segurança. Atualmente, o WhatsApp já oferece um sistema de pagamentos chamado WhatsApp Pay, que permite transferências de dinheiro entre usuários por meio do Meta Pay. No entanto, a ferramenta não utiliza IA generativa e não oferece a mesma gama de funcionalidades que o Pix com IA do PicPay.
Caffaro disse que a inteligência artificial passa por um acompanhamento constante da instituição, o que permitiu maior controle da IA, evitando bugs e erros na hora da execução das ações. “Tudo isso tornou a ferramenta mais eficaz, assertiva e capaz de entender e responder a demandas complexas de um público variado”.
A IA do PicPay realiza diversas funções além do reconhecimento de chaves Pix. A ferramenta calcula porcentagens e divide despesas em grupo, avisa sobre contas a vencer e cadastra débitos automáticos, e consulta documentos de veículos. Segundo a instituição, a segurança das transações é garantida por meio de criptografia avançada, biometria e o Modo Seguro, que permite configurar limites diários para o Pix. O WhatsApp, por sua vez, utiliza criptografia de ponta a ponta em todas as mensagens, protegendo as informações compartilhadas durante a transação.
O recurso está sendo liberado gradualmente para os 57 milhões de usuários do PicPay. A expectativa é que a integração do Pix ao WhatsApp com IA generativa estimule a adoção dessa forma de pagamento. Sandro Cachiello, chefe de desenvolvimento de negócios da Meta, disse que o Brasil tem um papel importante na inovação, principalmente em soluções que envolvem o WhatsApp, rede social mais utilizada no País. “O anúncio é um exemplo da nossa capacidade de usar a tecnologia disponível para avançar a indústria de pagamentos, transformando hábitos e simplificando as transações diárias para os nossos usuários”.
A popularização do Pix com IA no WhatsApp pode ser impulsionada pela grande base de usuários de ambas as plataformas. Segundo o Banco Central, o Pix tem quase 170 milhões de usuários, enquanto o WhatsApp conta com 147 milhões de usuários no Brasil. A presença do PicPay em duas plataformas tão populares pode facilitar a adoção do Pix com IA generativa, tornando essa forma de pagamento mais acessível e popular no País.
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