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FERNANDA-CABECA-COLUNA

Mude a estratégia e volte a perder peso

07/03/2025

Durante um processo de emagrecimento, muitas pessoas percebem que, após um período com bons resultados, o peso pode vir a estagnar. Esse fenômeno, conhecido como platô, ocorre porque, quando se está fazendo dieta, a ingestão calórica fica muito reduzida por um longo período, levando à perda de peso, porém com o tempo, o corpo se torna mais eficiente, o que pode desacelerar o metabolismo reduzindo o gasto calórico e a regulação hormonal muda dificultando novos avanços. No entanto, algumas estratégias podem ajudar a vencer essa fase e retomar a perda de peso.

Uma das formas mais eficazes de quebrar o platô evitando essa adaptação do corpo é variar a alimentação e diversificar estratégias alimentares. Por exemplo, aumentar moderadamente a ingestão de carboidratos por um ou dois dias na semana ajuda a sinalizar ao corpo que não há escassez de energia, favorecendo a queima de gordura. Outras estratégias, como jejum intermitente, dieta plant-based, low carb, dieta mediterrânea, hiperproteica, cetogênica e ciclos de carboidratos, podem ser alternativas eficientes para manter o metabolismo ativo. No entanto, é fundamental buscar a orientação de um nutricionista para indicar a melhor abordagem conforme as necessidades individuais.

Outro ponto a ser observado quando o peso da balança não muda é o aumento da grelina, hormônio responsável pela fome, que tende a ser mais liberado durante o processo de emagrecimento. Uma estratégia eficaz para controlar esse efeito é o uso de aminoácidos antes das refeições, pois eles reduzem a liberação de grelina, ajudando a aumentar a saciedade e favorecendo a síntese muscular, diminuindo a perda de massa magra.

Do mesmo modo, a inflamação do organismo pode dificultar a perda de peso. Por isso, adotar uma dieta anti-inflamatória rica em vegetais, frutas, grãos integrais e carnes magras é essencial. Incluir alimentos ricos em compostos bioativos, como o resveratrol presente na casca da uva, o ômega 3 encontrado nas sementes e peixes gordurosos e epigalocatequina galato do chá verde, auxiliam na modulação inflamatória, melhorando a sensibilidade à insulina e favorecendo a queima de gordura. Esses ativos podem ser incorporados por meio da alimentação ou com melhores resultados pela suplementação.

Além dessas estratégias nutricionais, é importante dar atenção ao equilíbrio hormonal, observando problemas na tireoide ou resistência à insulina, que podem dificultar o emagrecimento. Nutrientes como magnésio, zinco, ferro, selênio, vitamina A e vitamina D são essenciais para a regulação de hormônios como insulina, cortisol e tireoidianos. Ajustar a alimentação para garantir o aporte adequado desses nutrientes pode otimizar os resultados.

Outros fatores que contribuem para a continuidade do emagrecimento incluem garantir uma boa noite de sono, variar os exercícios físicos ajustando a intensidade e controlar o estresse, pois altos níveis de cortisol podem prejudicar a perda de gordura.

Com planejamento e estratégias adequadas, através de pequenos ajustes na alimentação e no estilo de vida podem ajudar a retomar o emagrecimento de forma saudável e sustentável, permitindo alcançar seus objetivos. O platô não significa que o progresso acabou, mas que o corpo precisa de novos estímulos.

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