Ano de 1930, por aí.
A menininha da frente de maiô listrado é a Edmee Wallbach Bungner que mora no Rio de Janeiro e é integrante do grupo ‘Antigamente em Curitiba’, no Facebook. 98 anos de pura simpatia a ser completados em 30 de julho. Bom humor e com uma cabeça que dá um baile na minha!
Edmee é neta de um Conde – Conde de Rochepaul da França – Paul Henri Pinot de Moira, que veio morar no Brasil e conheceu a vó dela e aqui casaram. A vó chamava-se Hermine Von der Osten, filha de alemães.
Os parágrafos a seguir são relatos das temporadas na Ilha do Mel nas palavras da própria Edmee (deixei entre aspas):
“Com meus pais, irmão, irmã mais velha dez anos, primas e tios em frente à nossa casa na Ilha do Mel”.
“Minha mãe se chamava Cecília Wallbach e meu irmão Paulo Wallbach. Meu pai era Carlos Rodolfo Wallbach e era contador da RVPSC. Rede Viação Paraná Santa Catarina”.
“A casa da praia era perto da Fortaleza. O Farol na outra extremidade. A uns três quilômetros”.
“O Clube, com um salão de madeira onde sempre havia as festas, era mais distante um pouco de nossas casas e íamos calçando tamancos. Depois virou hotel”.
“Comecei a ir para a Ilha do Mel com dois ou três anos até os vinte e poucos”.
“Os adultos tomavam banho de mar com toucas e sandálias de borracha”.
“Nossa casa era perto da do Sr Domingos e Dona Domitila Lá era armazém, correio, etc”.
“Aprendi a nadar na Ilha. Os navios ainda passavam por lá!”.
” Os trajes de banho eram assim: tipo macaquinho e usava-se um cinto branco. Os maiôs eram pretos e também havia os modelos listrados, sempre tipo uma camiseta e shorts. Até os homens cobriam a parte de cima da cintura, não tomavam banho de mar só com calção. Usava-se ainda touca de banho para entrar no mar – homens e mulheres – E SANDÁLIAS!”.
“Mas no verão tinha mutuca demais!”.
“A foto do grupo grande era das famílias Bettega, Machuca, Zagonel, Zaniolo, Bortolin, Turra, Valmassoni e outra que não lembro”. (Esta foto está na reportagem que coloquei hoje no Instagram @hojepr – corram lá ver)
“Faço 98 este ano, sou a última remanescente. Quantas histórias, muita saudade…”.
“O mar levou quase tudo”.
” Tempo maravilhoso aquele!!!”.
Perguntei se podia publicar as fotos…
“Pode falar o que quiser . Ninguém pra lembrar mesmo…kkk. Acho que sou a última dos moicanos de Curitiba. Hahaha”.
Muita saúde para ela!!!
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Gostei dos trajes!!