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Curitiba antiga de muitos sapos

23/06/2023
sapos

Nessa imagem os batedores e carro (que devia ser do governador) estão passando em frente ao prédio histórico da Universidade Federal do Paraná.

 

Vinham pela Travessa Alfredo Bufren e ao invés de seguirem reto pela Rua Amintas de Barros, viraram à direita no início da Rua João Negrão, que nesta época ainda era aberta diante do prédio da Universidade.

 

As duas casas da frente eu não sei de quem eram e tenho muita curiosidade em saber. São de fato as únicas da Praça Santos Andrade que nunca soube quem eram os proprietários.

 

A terceira casa, bem à direita da foto, branca com madeiras em estilo enxaimel, era do tio Aristeu Bittencourt, casado com a irmã da minha avó.

 

A casa tinha abacateiro, pereira, laranjeira, limoeiro, parreiral e muitas outras frutas. E tinha um pipoqueiro que ficava fixo instalado na frente da casa e que estourava pipocas deliciosas.

 

 

Meus primos comeram muitos sacos destas pipocas nas visitas ao tio Aristeu com o Vô Dante, sempre ocorridas no final da tarde. Dá até para identificar o carrinho de pipocas na frente do ônibus.

 

Os dois sentavam para conversar na varanda que ficava em frente da casa e os netos se distraiam com as pipocas.

 

A esposa dele se chamava Fanny Mader Bittencourt. Era filha do Nicolau Mader- meu bisavô.

 

O tio Aristeu Bittencourt era dono de um engenho de açúcar que ficava logo adiante, no Largo Bittencourt.

 

O Largo Bittencourt é aquela praça em frente ao Círculo Militar do Paraná.

 

E que no passado já foi um grande charco porque o Rio Belém inundava tudo nesta região que devia ser meio baixa e/ou o leito muito raso.

 

O Rio Belém passava pelo Passeio Público – Largo Bittencourt e cortava a céu aberto a Rua Mariano Torres até o terreno da atual rodoferroviária.

 

Depois que canalizaram o rio, tudo melhorou porque antes era um problemão. Havia ali muitos mosquitos e também sapos.

 

Aliás, havia sapos em muitas regiões da lamacenta Curitiba e em dias de chuva, era fácil enxergá-los por aí porque saíam das tocas.

 

O coachar de sapos era um barulho familiar para os curitibanos de antigamente.

 

(Foto: acervo Luiz Antônio Florenzano)

 

Leia outras colunas da Karin Romanó aqui.

11 Comentários

  • Eu sempre quis saber quem era o dono do passeio público.

  • Obrigada por contar um pouco da história da nossa cidade 😃

  • Lembro do Dr. Aristides Bitencourt, meu dentista, sempre tão alegre e que tinha consultório da Rua Presidente Farias, provalvelmente neto do do Sr. Aristides Bitencourt pronunciado neste texto maravilhoso.

  • Qual a data desta foto?
    Muito interessante, obrigado por compartilhar. Adoro ver fotos e saber um pouco da história da nossa velha Curityba.

  • Eu gosto muito de ver fotos antigas e de ler os textos explicando detalhes delas.
    As fotos junto com os textos me transportam para dentro da história.

  • Amo nostalgia, morei em Curitiba de 68 até 2019 fui carteiro. Conheci bem cada cantinho desta cidade sorriso!!!

  • Sou natural da Argentina, más meus avós e os irmãos da minha mãe se criaram em Curitiba. Demorei pra perceber que cidade maravilhosa é Curitiba. Parabéns pela matéria!

  • Lindo! Adoro seus textos e fotos antigas
    Sinto como entrar na máquina do tempo
    Obrigado

  • Muitas saudades do tempo que tinha muitos sapos na nossa querida Curitiba

  • como é bom ler sua coluna!

  • Otimas memorias

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