Ontem levando a Rosa Maria passear (minha cadela) me deparo com esta tampa aqui perto de casa.
– Como nunca notei antes?
O que me chamou a atenção foi o ano: 1945 (o pai tinha 15 e a mãe 7 anos).
Um ano que marcou a todos como o fim dos horrores da 2 Guerra.
Até estranhei me dar conta que as fundições estavam trabalhando nesse ano para fazer tampas de bueiro.
Os anos anteriores tinham sido tempos de tanta escassez, racionamentos…
Mas a maior coincidência é que bem em frente ao cruzamento onde esta essa tampa está colocada, se ergue uma casa que ainda tem um “bunker”.
Sim, um bunker original, com estrutura fortificada, subterrâneo, com porta de ferro e sistema de abertura com chumbo e cabo de aço que parece coisa de filmes.
Intacto. Não sei como não se torna um memorial
Mais à frente alcancei a linha do trem que atravessa a XV de Novembro.
Lembrei a mãe contando que quando os pracinhas voltavam da Guerra e o trem em que eles retornavam para as suas cidades passou em frente à casa onde ela morava, no Portão (antiga Fanadol) e parou na Estação do Portão…
…ela ainda recorda do povo acenando para os jovens pracinhas e eles retribuindo das janelas do trem.
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