Antes de tudo preciso dizer que esse texto não é embasado em dados concretos. Mas embasado em opiniões que trago comigo já faz um tempo.
Tudo no mundo evoluiu, se transforma, muda. O futebol não poderia ser diferente. Mas nem tudo que é alterado fica necessariamente melhor do que era anteriormente. Sempre haverá ponto de vista dissonante sobre o assunto.
Especificamente falando do tema dessa coluna, o futebol, vou deixar aqui bem transparente a minha opinião. Permito e gosto das réplicas. Fazem-nos crescer e ver o que eventualmente não estamos enxergando.
Vamos lá, então! Vou citar uma série de situações trazidas pelo “futebol moderno” que me desagradam.
Comecemos pelo começo: a entrada em campo. Lembram da festa que se fazia quando as equipes entravam em campo? Um espetáculo à parte. Jogadores entrando sob fogos e fumaça colorida. Saiam do túnel e espalhavam-se em campo, continuando seu aquecimento e tirando fotos. Hoje saem em fila indiana, sisudos e vão até o meio campo encontrar árbitros e adversários. Protocolar, sem graça e nada espontâneo.
Qual o motivo de não vermos mais dezenas e dezenas de crianças entrando com os atletas? Hoje pequeno e limitado número delas é permitido por jogo. Sinceramente não me lembro de nenhum problema causado pelo acúmulo de crianças que tínhamos anteriormente e que se realizavam quando tinham acesso ao campo e aos seus ídolos.
Aí temos o hino. Entendo perfeitamente (e já adianto que sou um patriota na essência) que esse seria um ato até educacional. Mas o que vemos nas arquibancadas é um desdém com o hino da nação e dos estados. Ou seja, o objetivo até foi nobre, mas o resultado é ruim.
Aí temos o jogo em si. Alguém aqui gosta ou se sente confortável com essa “moda” de saída de bola lá de trás, tocando-se de lado, gerando risco absurdo de se tomar um gol devido a eventual erro que deixe o adversário pertíssimo da meta?? Vi apenas e tão somente uma equipe no mundo fazer isso (Barcelona do Tiki-Taka) com sucesso. E, mesmo assim, tomou vários gols que não tomaria se só despachasse o perigo de perto. Fluminense perdeu a disputa do título mundial em 40 segundos apenas, devido à essa “maravilha moderna”.
O que dizer do gramado sintético? Grama é grama. Grama não é de plástico e nem de fibra de côco. Quem já pisou nesses pisos sabe exatamente o que digo. Até admito que uma possa substituir a outra, mas não admito que se possa disputar o mesmo esporte em superfícies diferentes, com características diferentes. Ou todos os campos são de grama, ou todos são de algum composto não natural. Basquete é sempre jogado em quadra. Vôlei é em areia ou quadra, mas aí são “vôleis” diferentes – uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa!
E, por fim, nessa minha coluna meio que saudosista. Quando é que foi descrito nas regras do futebol que o drible é algo pejorativo ao adversário?? Sempre foi sensacional ver os “artistas da bola” fazerem suas estripulias. Hoje, se alguém se arrisca a fazer, toma uma cacetada quase que imediata. Não se pode “magoar” o adversário mostrando que é mais hábil do que ele…
E aí eu te pergunto: você gosta do novo modelo, desse novo formato, dessas novas tendências? Desse novo jeito de pensar? Se não gosta, quais outras situações te incomodam?
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1 Comentário
Concordo plenamente. Lembro nos ma arquibancada vendo muitos jogos saudosistas somos . Abraço amigo