Na sexta-feira passada, conforme a coluna informou, o presidente do PSD, Gilberto Kassab, mantinha o discurso da candidatura do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), pelo PSD. Na mesma nota, já se falava na desistência do governador gaúcho em ir para o PSD e seguir tucano, provavelmente como candidato à presidência. Nesta segunda-feira (28), às 14h, Leite vai anunciar oficialmente o Dia do Fico Tucano e a possibilidade de renunciar o cargo de governador do Rio Grande do Sul, para sair em campanha.
A decisão do Leite muda o tabuleiro político nacional e pode ser uma surpresa em se consolidar como a terceira via. Há um pré-acordo entre PSDB, MDB e União Brasil em lançar um candidato forte. No entanto, faltava um nome. Agora há nome, tempo de televisão, recursos e uma grande capilaridade desses partidos.
A decisão vai forçar algumas mudanças de apoios regionais e também de palanques locais para abrigar os presidenciáveis. No Paraná, Ratinho Junior tem sobre a sua asa todos os partidos políticos. A super-aliança montada em torno de seu nome pode ser afetada, ainda que os políticos paranaenses do União Brasil e MDB prefiram ficar no time mais forte, ao lado do governador.
Mas não se deve menosprezar a força dos caciques nacionais. E isto empurraria parte desses políticos a subir no palanque de Eduardo Leite e estarem ao lado de Cesar Silvestri Filho, candidato tucano ao governo do Paraná, e do ex-goverandor Beto Richa (PSDB).
O mesmo vale par ao Ratinho Junior que, por enquanto, pode subir no palanque do presidente Jair Bolsonaro sem ser questionado. Mas tudo vai depender de como o tabuleiro se mexer. Kassab pode de novo mirar na parceria com o PT, apoiando Luiz Inácio Lula da Silva, e a vida do Ratinho Junior pode virar uma sinuca de bico.
Esperar os próximos lances nesse tabuleiro.