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29/04/2024



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Abertura do 11º Olhar de Cinema traz filme político repleto de intimidade

 Abertura do 11º Olhar de Cinema traz filme político repleto de intimidade

Festival Internacional de Curitiba que acontece até dia 9 de junho movimenta a cidade com mais de cem filmes de 40 países

 

Após dois anos de pandemia, o tradicional Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba acontece em sua 11ª edição, presencial, com todo o calor humano possível. Algo notável na noite de ontem, na abertura do festival realizado no Cine Passeio, um dos espaços onde será transmitidos e debatidos alguns filmes. Com duas sessões lotadas, o diretor artístico do festival e produtor criativo da Grafo Audiovisual, Antônio Gonçalves Júnior, trouxe palavras de emoção pelo retorno presencial do evento. Afinal, Curitiba é uma das cidades referência nacional de audiovisual e é gratificante termos festivais que afloram isso ainda mais. Com convidados que vão desde influenciadores até atriz já consolidada no cenário nacional como Bruna Linzmeyer, a noite contou com falas de abertura das diretoras do filme que foi exibido, a exibição do filme e, posteriormente, coquetel para relacionamento.

 

Vai e Vem de Fernanda Pessoa e Chica Barbosa

O filme de abertura do Festival “Vai e Vem” trouxe ao espectador uma abordagem de comunicação que foge do convencional quando pensamos nas trocas que permeiam as relações humanas à distância, em um momento duro para todos: a pandemia, ou mais precisamente, o início dela. De maneira documental, as diretoras e amigas, Fernanda Pessoa em São Paulo e Chica Barbosa em Los Angeles, trocam cartas fílmicas ao longo de 2020.

 

Com tom intimista, as cineastas trazem os aspectos mais profundos de sua intimidade para a tela. Ainda que, uma imagem jamais será capaz de mostrar quem realmente está ali, o tom sensível e íntimo das mensagens trocadas, nos colocam em um lugar onde pensamos conhecê-las por inteiro. Trata-se de uma obra experimental, cinema independente e feito a poucas mãos. Isso é perceptível ao espectador. Um filme político que insere ou traz a lembrança de momentos importantes de luta vividos no mundo em 2020. Um exemplo é o movimento Vidas Negras Importam assim como a legalização do aborto durante as primeiras 14 semanas de gestação na Argentina.

 

Embora se trate de um filme político, assuntos como representatividade LGBTQ+, imigrantes nos EUA, comunidade mexicana em solo de Trump, feminilidades, sociedade patriarcal, autodescobrimento e mais, são abordados ao longo do filme de 82 minutos. Gera reflexão, gera revolta e, ainda, desperta esperança. De novo, se trata de uma obra experimental que permeia o íntimo. Ainda que não tenha um padrão claro de tipografia, cortes de uma cena para a outra, cores e trilha sonora, isso leva o espectador a entender que o objetivo era esse. Um filme sensível e impactante ao mesmo tempo que abre o 11º Olhar de Cinema gerando reflexão e ditando o tom de “que bom que estamos presencialmente de novo”.

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