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06/05/2024

Agora é tudo ou nada: os próximos 15 dias podem definir a eleição

bolsonaro

Inicia nesta quarta-feira (20) e vai até 5 de agosto o prazo para as Convenções dos partidos para definição da chapa de candidatos que vão concorrer em outubro.

É um momento decisivo porque a composição das coligações e acordos entre as lideranças podem apontar o tamanho da base e a força de cada um dos grupos que buscam representatividade na política nacional.

Tudo o que os pré-candidatos fizeram até agora foi para impressionar seu público interno, ou seja, os pré-candidatos à presidência da República e governos estaduais procuraram se manter em evidência, através dos resultados das pesquisas eleitorais, para conquistar a indicação nas convenções dos seus partidos e disputar as eleições de outubro.

Poderemos ter disputas acirradas em alguns partidos, mudanças de nomes e chances de virada nos acréscimos do segundo tempo.

Com a polarização para eleição presidencial, apontada pelas pesquisas desde o início do ano, teremos dois blocos disputando o apoio dos demais partidos. Neste momento o PT e Lula estão levando vantagem na busca por adesão.

“Lula atirou no que viu e acertou o que não viu”. Quando estimulou a formação de uma terceira via, tinha intenção de dividir os apoios de Bolsonaro. Com a dificuldade de arregimentar partidos e o baixo desempenho nas pesquisas, a terceira via se mostra pouco viável e sem expressão para negociar qualquer vantagem em um segundo turno. Neste cenário, Lula se antecipou e vai tentar trazer o apoio do MDB para aumentar as chances de uma possível vitória no primeiro turno.

Embora com alguma resistência da base, principalmente nas disputas para os governos estaduais e aos demais cargos, um apoio que ajude a definir a vitória no primeiro turno pode garantir ao MDB participação no futuro governo e uma boa fatia nos cargos para os próximos anos. Enquanto isso, o radicalismo de Bolsonaro vai deixando-o cada vez mais isolado. Com a sequência de pesquisas consolidando a liderança de Lula e o fracasso das medidas de controle da economia e das questões políticas e administrativas, vai ficando cada vez mais difícil sustentar a imagem de uma possível vitória. Este cenário pode afetar parte dos eleitores que ainda defendem o atual Presidente e diminuir ainda mais sua possibilidade de reeleição.

Vamos aguardar o fechamento das atas das convenções e conhecer o real cenário em que se darão as eleições gerais de 2022.

Quem sairá mais fortalecido desta primeira fase da disputa? A partir de 5 de agosto teremos o quadro definitivo de candidatos e a eleição começa de verdade.


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