Nos primeiros 40 dias do Verão Maior Paraná no Litoral do Estado, os guarda-vidas precisaram entrar em ação para ajudar 847 banhistas que passavam por dificuldades dentro do mar, correndo risco de afogamento. Outras 57 pessoas também foram resgatadas, com atuação desses profissionais, já em processo de ingestão de líquido. Isso significa que diariamente, em média, 22 veranistas precisaram de algum tipo de socorro dos bombeiros militares enquanto se banhavam.
Esses números fazem parte do levantamento do Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR), divulgado nesta quinta-feira (30), sobre os atendimentos efetuados na orla paranaense entre os dias 21 de dezembro de 2024 e 29 de janeiro de 2025.
“As ações desenvolvidas durante o Verão Maior Paraná reforçam nosso compromisso em garantir que a população possa desfrutar do Litoral com segurança. Os números comprovam a eficácia das medidas preventivas e a dedicação exemplar dos bombeiros no cuidado com a vida. Seguiremos investindo em iniciativas que promovam segurança e tranquilidade para todos”, afirmou o secretário estadual da Segurança Pública, Hudson Leôncio Teixeira.
A atuação dos bombeiros para ampliar cada vez mais as medidas preventivas – ou seja, minimizar a ocorrência de incidentes aquáticos neste período de altas temperaturas – se reflete nos números. No período incluído no relatório, os bombeiros em ação nas praias do Paraná deram 44.646 advertências a banhistas que estavam em locais perigosos ou adotando comportamento que colocava a si ou a terceiros em risco. Em média, cerca de 1.100 por dia pessoas foram alertadas pelas autoridades.
Além desse serviço de fiscalização, os guarda-vidas militares e civis também atuaram na orientação dos veranistas, dando informações de segurança para um banho mais seguro. Foram 131.420 ações desse tipo durante todo o período consultado – mais de 3.200 diariamente, em média.
Drones
Isso sem contar com a população alcançada pelos mais novos aliados da corporação no Litoral: dois drones de alta capacidade, equipados com um alto-falante potente. Uma grande vantagem desses novos equipamentos, em relação aos modelos anteriores, é justamente a capacidade de transmitir mensagens de som gravadas ou em tempo real. Eles podem levar orientação, por exemplo, a quem está dentro da água, para um grupo grande de pessoas, já que sua transmissão pode ser ouvida claramente mesmo a distâncias razoáveis.
As duas unidades, de modelo DJI Matrice 350 RTK, têm hélices reforçadas, câmera termal e com zoom de alta definição, holofote, além de suportarem chuva leve e ventos moderados. O vídeo das câmeras é transmitido diretamente para um posto de comando.
Baseados em Matinhos e Guaratuba, os drones executam diariamente dois patrulhamentos cada um, totalizando 160, até então, no Verão Maior Paraná. O equipamento também foi utilizado em quatro buscas por desaparecidos na região.
“A atuação dos bombeiros no Litoral é resultado de planejamento estratégico e do uso eficiente de recursos. Tecnologias como drones e o foco em prevenção têm sido determinantes para reduzir riscos e salvar vidas. Nosso objetivo é oferecer segurança máxima aos veranistas e evitar tragédias”, afirmou o coronel Manoel Vasco de Figueiredo Junior, comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar do Paraná.
Sinalização e orientação
O pacote de ações preventivas também inclui o trabalho de sinalização das praias e de abertura e fechamento dos postos de guarda-vidas, por exemplo. Essa atividade foi realizada 12.467 vezes durante esses 40 dias do Verão Maior Paraná, garantindo que o público tivesse informações atualizadas sobre os melhores pontos para se refrescar no mar.
Seguir as orientações dos guarda-vidas é essencial para que o prazer do passeio não se transforme em desespero. A principal regra para um banho seguro é manter-se em trechos de praia protegidos por postos de guarda-vidas. Esses espaços são delimitados por duas bandeiras bicolores (vermelho e amarelo) afixadas na areia. Dentro dessa área, ainda é possível avistar outras bandeiras que indicam o quão perigoso está o mar naquele local. O verde é sinal de segurança; o amarelo indica algum perigo; e o vermelho aparece quando o banhista precisa redobrar a atenção.
Ao contrário do que indica a bandeira bicolor, a bandeira preta sinaliza que aquele trecho de mar não é monitorado por um posto de guarda-vida fixo. Consequentemente, não é um local indicado para as atividades na água. O balanço apresentado nesta quinta-feira (30) informa que seis pessoas perderam a vida no Litoral dentro desse período. Todos estavam nessas áreas desprovidas de postos de guarda-vidas.
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