A dor de cabeça para diretoria do Athletico sobre a dívida da Arena vai continuar por algum tempo. Na tarde dessa última quarta-feira (9) o TJ-PR, em decisão unanime, manteve a decisão que determina o pagamento de um empréstimo de R$ 291 milhões junto a Fomento Paraná pela CAP S/A. O empréstimo foi contraído para a realização das obras para conclusão do estádio Joaquim Américo para a Copa do Mundo de 2014.
Por meio de nota, o Athletico esclareceu que nesse processo não estava sendo julgado o acordo tripartite, que se refere a uma parceria entre o clube, a Prefeitura de Curitiba e o Estado do Paraná para a quitação da dívida com a Fomento Paraná.
Em nota, o Athletico disse que “não estava em discussão o acordo tripartite (como ressaltaram os Desembargadores), envolvendo a obrigação de dividir o custo total da obra com Estado e Município. Esse tema está, em parte, no processo judicial de produção antecipada de prova, onde houve a realização da perícia da Fundação Getúlio Vargas integralmente favorável ao Athletico, como já noticiado”.
A decisão do TJ-PR tem efeito imediato. Dessa forma, a execução da sentença pode acontecer a qualquer momento caso o Athletico não consiga uma medida suspensiva desse processo. A própria Arena da Baixada e o CT do Caju podem ser penhorados em decisão judicial.
Entretanto a novela não se encerra aqui e terá mais alguns capítulos. O Furacão, ainda por nota, informou que cabe e entrará com recurso por meio do STF e STJ contra a decisão do tribunal. Por fim, o clube reafirmou seu interesse em pagar a sua parcela em relação as obras de conclusão da Baixada.
“De qualquer forma, contra a decisão de hoje, exclusivamente no tema da execução, cabem recursos ao STJ e ao STF. E o Athletico anuncia que vai interpor os dois recursos, por discordar da decisão no mérito. Isso, no entanto, não muda em nada a postura do Clube em apostar em uma saída negociada. O Athletico aproveita para reafirmar que está, como sempre esteve, disposto a pagar cem por cento da sua parcela do custo do estádio. E a pendência de recursos judiciais não muda a disposição do Clube”.