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24/04/2024



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Atitudes que te desvalorizam

 Atitudes que te desvalorizam

“Juliana, 29 anos, advogada, se queixa com frequência sobre a dificuldade em se posicionar no ambiente profissional, no momento em que precisa discutir sobre um caso, mas devido a falta de confiança ao se comunicar, é constantemente desvalorizada por seus colegas de profissão.”

 

Casos como o da Juliana acontecem também com outras mulheres. Quando observarmos, o desenvolvimento da mulher na sociedade segue um modelo: A mulher é ensinada a acolher e não ser agressiva; comportar-se para não sofrer certas consequências; a esperar o momento certo e não ousar … Todo esse ensinamento que é diferente no que se refere à conduta masculina, pode desenvolver um estigma que muitas vezes se manifesta em um comportamento como o da Juliana: insegurança, medo ao se comunicar, uma postura passiva que pode até passar despercebida por ela mesma e atitudes que demonstram desvalor.

 

E o que Juliana poderia fazer para mudar tais atitudes? Identificá-las e aos poucos, fazer pequenos ajustes. E que tipos de ajustes são esses? Alguns deles são muito simples e estão relacionados à fala: Se você costuma pedir desculpas com frequência, mesmo em momentos em que não há necessidade, acaba se colocando numa posição passiva, comunicando que você está sempre cometendo erros. Isso não é positivo para sua imagem pessoal ou profissional, por isso, faça a troca do desculpe por obrigada. Exemplo: ao invés de dizer “desculpe de novo pelo atraso”, você pode usar “obrigada por ter aguardado” ou “agradeço pela paciência em me aguardar” e “obrigada pela compreensão e pelo seu tempo”. Se você tem dificuldade em dizer não e por isso, vive colocando a prioridade dos outros na frente das suas, acaba comunicando desvalor. Pessoas mal intencionadas percebem isso com muita facilidade e acabam usando perfis como o da Juliana para conseguir favores em benefício próprio. Sabendo que existe essa dificuldade com o não, já que boa parte das pessoas possui a crença de que “é falta de educação recusar favores” ou que “todas as pessoas precisam gostar de nós”, troque o dizer sim por: “vou pensar/analisar e se eu decidir que sim, eu te aviso” ou “neste momento eu não consigo mas o que acha de tentarmos outro dia” e “faço, mas somente depois que acabar aquilo que já estou fazendo”.

 

Mudar um padrão de comportamento gera desconforto e não é tão fácil quanto parece. Por vezes pensamos ser impossível, especialmente se aquele padrão vem acompanhado de uma cultura familiar arraigada. Se minha mãe, que é minha figura feminina de referência, se mostra uma mulher insegura que aceita tudo e todos, a probabilidade que eu me torne semelhante à ela é muito grande. Mas se eu vejo sentido em minha mudança e consigo enxergar todas as vantagens materiais e emocionais que meu esforço vai me trazer, então não irá existir padrão ou raíz que impeça o desenvolvimento. Como dizia Luis Fernando Verissimo, “A vida muda quando você muda”.

3 Comments

  • Amei!!

  • Amei!

  • Excelente texto!!!

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