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25/04/2024



Capital

Câmara de Vereadores de Curitiba aprova projeto que cria campanha contra pobreza menstrual

 Câmara de Vereadores de Curitiba aprova projeto que cria campanha contra pobreza menstrual

Um grande passo para todas as mulheres da capital paranaense. A Câmara Municipal de Curitiba aprovou na terça-feira (8), no Dia Internacional das Mulheres, um projeto de lei que vai viabilizar uma campanha educativa contra a pobreza menstrual. A proposta é da vereadora Maria Leticia (PV) e visa trazer uma conscientização sobre a situação de mulheres e meninas que não tem recursos para comprar absorventes, não tem acesso a saneamento básico e muito menos à educação menstrual.

 

A Campanha de Conscientização do Ciclo Menstrual tem como principal objetivo realizar ações educativas em escolas. As atividades abrangeriam palestras e rodas de conversas durante o ano letivo, assim como incentivará a capacitação dos servidores e a orientação dos pais e responsáveis sobre o tema. Além dessas atividades práticas, no projeto também será possível que as escolas municipais possam distribuir absorventes, coletores menstruais e calcinhas absorventes para as alunas.

 

A vereadora também chama a atenção para dados que apontam que 30% das casas brasileiras não contam com saneamento básico e 2% não possuem banheiro. Outro levantamento que preocupa é que cerca de 710 mil meninas não contam com chuveiro em suas residências.

 

“Se coloquem no lugar dessas mulheres. Como é viver sem água, sem esgoto, sem torneira e menstruar?” complementou.

 

Desde 2014, a Organização das Nações Unidas (ONU) estabelece o direito a higiene menstrual como uma questão de saúde pública. Essas mulheres e meninas que ficam à mercê dessa desigualdade social muitas vezes improvisam absorvente com materiais inadequados, como trapos e jornais, o que leva a um sério risco de infecção.

 

O projeto de lei foi aprovado com 34 votos a favor e apenas 2 abstenções. O tema volta para pauta da Câmara nessa quarta-feira (9) para confirmação. A vereadora também alega que a distribuição centralizada de absorventes por parte da Fundação de Ação Social (FAS) dificulta uma melhora do cenário. “Nós temos bairros de Curitiba que ficam desassistidos. E isso é um agravante” finalizou a vereadora.

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