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26/04/2024

ELEIÇÕES 2022

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Candidato ao governo do Paraná, Requião apresenta propostas no HojePR

 Candidato ao governo do Paraná, Requião apresenta propostas no HojePR

O HojePR inicia, nesta terça-feira (13), uma série de entrevistas com os candidatos ao governo do Paraná. Todos os postulantes ao Palácio Iguaçu receberam as mesmas perguntas. Nosso compromisso é com o eleitor e, dessa forma, mantivemos o foco das perguntas nas propostas que cada um tem para o futuro do Estado.

O portal pediu, também, que o candidato gravasse um vídeo se apresentando ao eleitor e explicando suas motivações para concorrer ao cargo de governador. Nem todos nos encaminharam. O HojePR entende a correria do dia a dia de uma campanha eleitoral e, dessa forma, compromete-se a incluir no portal os vídeos que, porventura, sejam encaminhados com atraso.

Dono de três mandatos como governador do Paraná, além de duas vezes senador, Roberto Requião é o primeiro entrevistado. Acompanhe o vídeo e aproveite a entrevista.

 

 

HojePR – Qual é a sua proposta para a geração de emprego e renda? Apesar do Paraná ter um índice de empregabilidade alto, houve queda significativa da renda. Caíram as rendas das classes mais baixas e da classe média, entre 12,5% a 21%, de acordo o IBGE.

Roberto Requião – Vamos trazer de volta a política de trocar imposto por emprego. Cortamos o imposto e o empresário se compromete a criar mais empregos. Esse é o incentivo fiscal que funciona, transparente e condicionado a bons resultados para a sociedade.

Nós sabemos como fazer. Quando governei o estado, o PIB do Paraná cresceu, em média, 3,85% por ano. Nos últimos governos, o crescimento médio não passou de 0,8%.

Também vamos fazer o dinheiro do trabalhador render mais. Vamos reduzir o ICMS sobre produtos de consumo popular, para beneficiar principalmente a classe trabalhadora e a população de menor renda e integrar governo, universidades, empresários, trabalhadores e sociedade civil em um esforço de planejamento estratégico para o estado.

 

HojePR – Qual é a sua proposta para o setor de pequenas e médias empresas? Há a possibilidade de redução de impostos?

Roberto Requião – O imposto das microempresas vai ser zerado. O imposto das pequenas empresas será reduzido ao mínimo possível, como já fizemos no meu governo.

Chega de reduzir impostos só para grandes empresas, sem transparência e sem nenhum critério de retorno à sociedade. Não vamos dar um tostão às grandes empresas, especialmente as multinacionais, que não possa ser também dado a uma empresa paranaense ou brasileira.

 

HojePR – Qual é a sua estratégia para compensar a perda de arrecadação causada pela redução do ICMS da gasolina?

Roberto Requião – A melhor solução já foi dada por outros estados: precisamos ir à Justiça para garantir que o governo federal pague essas perdas, da forma como constava no projeto original aprovado pelo Congresso. Pelo menos 14 estados já foram ao STF e sete já têm decisão favorável para a compensação total das perdas. Ratinho não recorre ao STF para não desagradar seu chefe, o Bolsonaro.

Em todas as vezes em que Ratinho teve que optar entre o bem do Paraná e o bem de sua relação com Bolsonaro, optou por Bolsonaro.

Outro caminho é reduzir a renúncia fiscal, que este ano foi de R$ 17 bilhões. Se as grandes empresas pagarem impostos, o Paraná pode tratar melhor o seu povo. A perda com o ICMS – estimada em 6 bilhões de reais – é muito menor que os benefícios que o Ratinho Jr. concede aos grandes empresários e às multinacionais.

 

 

 

HojePR – O que você pretende fazer com o pedágio? Acha que o atual acordo será benéfico e menos prejudicial ao Estado do que aquele firmado pelo governador Jaime Lerner?

Roberto Requião – Hoje, o Brasil inteiro sabe que o pedágio no Paraná foi uma das coisas mais corruptas da história do país. Vamos virar essa página definitivamente. Em parceria com o Lula, vamos implantar um pedágio de manutenção, não essa proposta que o Ratinho negocia às escuras com o governo federal.

As tarifas serão bem pequenas, destinadas à conservação das estradas, à segurança e ao socorro aos motoristas. Sem concessionárias, sem a roubalheira desatinada dos últimos anos.

Enfim, uma proposta bem diferente das intenções do outro lado que pretende manter o mesmo sistema de concessionárias e ainda por cima acrescentar uma infinidade de novas praças de pedágio.

 

HojePR –  A Agricultura ainda carece de infraestrutura, em especial, da porteira para dentro e nas estradas de ligação com a malha rodoviária. O que fazer? E quais são os seus planos para o escoamento de safra, pensando em todos os modais de transporte?

Roberto Requião – Das estradas, vamos dar conta com nosso pedágio de manutenção, em parceria com o Lula. Tarifas justas e estradas em boas condições para movimentar nossas cargas agrícolas.

O Porto de Paranaguá precisa trabalhar para atender os interesses do estado e dos paranaenses. É um equívoco dos governos brasileiros a privatização de portos, temos que parar com essa privatização parcelada do porto e botar sua estrutura a serviço do nosso povo.

O mesmo acontece com a Ferroeste. Foi no meu governo que construímos a ligação entre Cascavel e o Porto de Paranaguá, com a ajuda do Exército Brasileiro. A Ferroeste não pode se render a esse projeto desastrado que põe em risco a segurança dos moradores do litoral e o meio ambiente da nossa Serra do Mar.

 

HojePR – E há a necessidade de modernizar as empresas de extensão, cujo modelo continua muito focado às demandas das cooperativas, deixando uma parte dos produtores sem ações específicas para atendê-los. O que pode ser mudado? E qual é a política para a melhorar a segurança alimentar do Estado, que deixou de plantar alimentos para a mesa das famílias das cidades?

Roberto Requião – Vamos retomar programas vitoriosos que já fizemos no governo: o Trator Solidário, que entregou 3.453 máquinas, o Fundo de Aval, a Irrigação Noturna, que beneficiou 1.500 propriedades, a distribuição de calcário e a eletricidade barata. Com financiamento, mecanização, apoio técnico e sementes selecionadas, aumentaremos as colheitas, para colocar comida na mesa de nosso povo.

O Estado vai estender sua mão amiga para que os agricultores e agricultoras – e também os seus filhos – prosperem, contendo, assim, o êxodo rural.

Vamos transformar o campo em produtor de energia, criando grandes parques de geração de energia renovável, em especial a solar e a de biomassa, incorporados à rede da Copel, levando renda, tecnologia e segurança energética ao setor agropecuário.

 

HojePR – O Paraná sempre veio num crescente de melhorias na Saúde. No entanto, a regionalização ainda é um gargalo. Mesmo com a entrega de obras iniciadas em 2016 e entregues nessa gestão, há vazios na Saúde como, por exemplo, na região Central, Sudoeste, Norte Pioneiro e o extremo limítrofe do Noroeste, do Norte, Oeste e Leste. Como fazer chegar novos equipamentos para esses pontos e também a medicina de média e alta complexidade, com equipamentos modernos e médicos especialistas?

Roberto Requião – Vamos recuperar o sistema de saúde pública que implantamos e que foi destruído. A rede de hospitais, de Clínicas da Mulher e da Criança, de postos de saúde, dos hospitais especializados será completada e reforçada com a contratação, por concurso público, de médicos especialistas, enfermeiros e administradores.

As Clínicas da Mulher e da Criança, cujas funções originais foram desvirtuadas, voltarão a atender exclusivamente as grávidas, as parturientes, as mães e seus filhos e filhas, preservando-as do contato com os pacientes em geral. Assim, retomaremos o combate à mortalidade materno-infantil. A regionalização do atendimento à saúde vai ser uma das principais preocupações de nosso governo. Vamos levar o sistema público onde o paranaense mora.

 

HojePR – É a lei estadual 18.662/2015 que atualmente determina o tamanho do efetivo da Polícia Militar (PM) no Paraná. A norma elevou de 27.329 para 27.948 o número máximo de servidores da corporação. Seriam 22,7 mil vagas para o policiamento e 5,2 mil para o Corpo de Bombeiros. Esses números nunca chegaram a ser alcançados. E o mesmo acontece com a Polícia Civil, que tem efetivo enxuto. Como fortalecer o efetivo policial, que hoje trabalha no limite, sendo muito mais reativo que preventivo?

Roberto Requião – Vamos aumentar o efetivo da nossa Polícia Militar. Daremos às polícias condições humanas e materiais de trabalho, com a adoção de novas tecnologias e instrumentos necessários para atuação eficiente, como instalações, armamentos, viaturas e equipamentos de proteção.

 

 

HojePR – O que pode ser mudado dentro da Segurança Pública paranaense para diminuir a quantidade de crimes de roubos, assassinatos e feminicídio? E como combater também o crime contra a população LGBTQIA+?

Roberto Requião – A prevenção será a chave de nossa política de segurança pública. Vamos restabelecer o Policiamento Ostensivo Volante (POVO), os módulos policiais móveis, com agentes conhecidos da população e que conheçam os moradores. Voltarão também a Patrulha Comunitária Escolar e a Patrulha Comunitária Rural.

Queremos uma polícia fundamentalmente preventiva, e não repressiva, com policiais bem treinados e bem remunerados. Vamos abandonar de vez a visão de uma segurança pública e de uma polícia que tenham a repressão como eixo de suas ações.

Com o programa Dignidade para todos vamos mapear a violência contra vulneráveis, mulheres,negras e negros e LGBTQIA+ e desenvolver políticas de mitigação dessa violência. Agir antes que o crime aconteça.

 

HojePR – E qual é a estratégia para fortalecer a segurança dos produtores rurais de roubos e furtos de maquinários, insumos e produção?

Roberto Requião – No campo, como na cidade, as polícias funcionarão com efetivo e equipamentos adequados às necessidades. Teremos gente bem treinada e recursos para combater roubos na área rural e garantir a segurança e a tranquilidade dos nossos produtores rurais.

Vamos aumentar o efetivo das polícias, e melhorar os salários. Trabalhar com inteligência. Vamos aproximar a polícia da comunidade.

 

HojePR – A evasão escolar, registrada em 2021, atingiu cerca de 100 mil alunos do ensino médio e cerca de 40 mil jovens do ensino fundamental. E a previsão, em 2022, é que essa mesma margem seja alcançada, segundo levantamentos da ong Todos pela Educação e o IBGE. O que tem provocado essa grande evasão e como reverter esses números aumentando o número de jovens na escola?

Roberto Requião – O primeiro passo é dar aos alunos e às famílias a certeza de que, em nossas escolas, os estudantes receberão o melhor ensino público do Brasil. Sairão de lá preparados para vencer na vida, para que tenham um futuro de sucesso.

Também vamos investir na formação Integral do jovem, articulada ao mundo do trabalho, com a criação de um programa de parcerias com órgãos públicos e iniciativa privada, visando a iniciação profissional e assegurando ao jovem estudante recursos para a permanência na escola.

 

HojePR – O ensino técnico foi terceirizado na atual gestão, tornando-se um híbrido de aulas online e aulas presenciais. Diversas escolas se rebelaram com esse modelo, voltando a prática de aulas presenciais e com o uso de laboratórios e aulas práticas. Qual é a visão sobre ao atual modelo e qual é a sua proposta?

Roberto Requião – Vamos acabar com toda essa terceirização na educação e restabelecer o ensino profissional, ampliando a oferta de cursos, abrindo aos nossos jovens a possibilidade de trabalhar e contribuir com a renda familiar.

Vamos trazer o professor para dentro da sala de aula novamente. Chega de televisões no lugar de professor. A tecnologia não pode substituir o ser humano; tem que ser usada para auxiliá-lo. O Governo Ratinho perdeu mais de 12 mil trabalhadores da educação. Os professores estão com o salário defasado em mais de 30%.

 

HojePR – Qual é a sua estratégia para fazer com que o Paraná esteja na liderança do Ideb nos quatros anos de gestão?

Roberto Requião – Antes de mais nada, vamos garantir aos nossos educadores salários dignos, respeito e diálogo, como já fizemos. Para o melhor ensino público do Brasil, o melhor salário do país. Volta o Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE) como Mestrado Profissional e Doutorado Profissional, em parceria com as Instituições de Ensino Superior (IES) públicas. A ciência, a cultura, a arte, o esporte, os Jogos Escolares, o ComCiência e o Fera voltarão a fazer parte do dia a dia da nossa educação.

Vamos também inovar: o livro público vai se transformar em livro multimídia, a internet de qualidade na sala de aula vai multiplicar ao infinito os materiais didáticos, os conteúdos e recursos à disposição de alunos e educadores.

 

Fotos: Bruno Covello

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