O PT fez uma aposta certa nessa eleição: o lançamento da vereadora Carol Dartora para disputar uma vaga na Câmara Federal. Ela faz parte da nova geração política do PT. E traz consigo o resgate das lutas históricas do partido de valorização das minorias. Em 2020 foi eleita como o a primeira vereadora negra. E provavelmente pode ser a primeira deputada negra a ser eleita pelo Paraná.

Conhecida dentro do movimento da educação, por causa da APP-Sindicato, ela tem o apoio de lideranças evangélicas (pais envolvidos em igreja) e traz as bandeiras do antirracismo e da valorização da mulher. Essas duas causas atraem públicos que não tinham uma porta-voz. E no Congresso Nacional pretende reforçar e fortalecer a bancada da Educação, valorizando essa área.

“Nos últimos anos, a Educação sofreu diversos ataques, como os cortes da PEC do Teto e novo Ensino Médio. É preciso fortalecer a bancada e lutar para reconstruir a educação no Brasil”, afirma.

Dartora entende que o desafio é grande, pois considera que o Paraná é um estado conservador. Mas, para ela, sua eleição quebrou paradigmas, mesmo sendo feita com pouco dinheiro. Ela acredita que pode surpreender com apoio de sua base em Curitiba, mas também por atrair o público jovem das grandes cidades, em especial o universitário.

“Por ter rompido padrões, meu nome extrapolou Curitiba e me tornei mais conhecida. Isso pode me ajudar na eleição”, afirma. “Existe demanda na sociedade por maior consciência social, mais representatividade da mulher. A sociedade quer que isto seja feito de forma mais qualificada. E eu luto por isto”, diz.

André Lopes