O caso do vereador Renato Freitas (PT), de Curitiba, vai judicializar. O vazamento do áudio do vereador jornalista Márcio Barros (PSD), que pediu a saída do Conselho de Ética, vai servir para o advogado de Renato Freitas, Guilherme Gonçalves, manter o cargo de Freitas por liminares no Judiciário.
O vereador Márcio Barros deu de bandeja a chicana jurídica que Freitas precisava, pois provavelmente perderia na Comissão de Ética. Barros encaminhou áudios a outros vereadores com uma contagem de votos sobre o processo de cassação do vereador Renato Freitas. Barros se sacrificou para resguardar a integridade do julgamento do vereador petista, suspeito de ter invadido a Igreja Nossa Senhora do Rosário, no dia 5 de fevereiro.
Márcio Barros afirmou que não se trata de voto e sim de um posicionamento pessoal. Mas, o advogado Guilherme Gonçalves entende que a atitude vai contra o código penal e também do código de ética da Câmara de Vereadores. Outros parlamentares também teriam antecipado o voto.
O vereador Dalton Borba (PDT), presidente do Conselho de Ética da Câmara, informou que ninguém deve entrar na vaga de Márcio Barros para integrar o conselho: “pelo princípio juiz natural, quem começou a analisar e julgar o processo vai até o final, na sentença, sob pena de nulidade”.
Seja como for, o caso embolou ainda mais.