Saiu o novo Papa e ele é americano. Robert Francis Prevost chega ao mundo como Leão 14, com uma missão muito difícil, que é continuar o legado de Francisco, e tentar dar um rumo melhor para este mundo virado do avesso e muito chato.
Mas o que o novo Papa tem que se meter na coluna dos vinhos? Tudo e nada. Padres são tomadores de vinho por conta de liturgia, e como a sede da Igreja Católica está na Itália, lá tudo combina com vinho e massa.
Em homenagem ao Papa Leão 14 vou elaborar a coluna dessa semana para falar de dois vinhos que podemos fazer uma alusão ao novo pontífice.
Aproveitando uma dica do jornalista Carlos Delgado, que hoje vive na África como diretor da rede de TV Record na região, vou falar de um vinho bastante conhecido de todos que é o Châteauneuf-du-Pape. Vinho francês produzido ao sul do Vale do Rhône.
O nome é uma alusão aos Papas da Igreja Católica que na época viviam em Auvignon. Ao pé da letra Châteauneuf-du-pape significa “novo castelo do papa”. Na época os vinhos era produzidos à partir de 13 tipos de uva, cada vinho produzido individualmente, depois tudo era misturado.
O vinho Maison Brote La Fiole du Pape, Châteauneuf-du-pape, safra 2022, é um blend de duas uvas, Syrah e Grenache, que uma parte dele passa 5 anos, 60 meses, em barricas de carvalho com mais de 100 anos. Imaginem o resultado. Na taça a sua cor é vermelho-rubi brilhante, possui aromas de cerejas e especiarias, e na boca seus taninos são redondos e por vezes lembram um pouco uma geleia de morango.
Como o Papa é americano, nada melhor do que falar dos vinhos de Napa Valley, a região mais famosa dos Estados Unidos na produção de vinhos de alta qualidade. Os vinhos americanos são bons. Tive a oportunidade de por duas vezes visitar a região e te digo que voltarei outras mais. Experimentei muito vinho bom e o melhor de todos foi de um produtor chamado Joseph Phelps. Quando fiz a degustação o sommelier da vinícola me levou para um sala especial, abriu um total de 14 garrafas, foi uma verdadeira loucura. Conversamos muito, era um senhor mais de idade, muito simpático e divertido, sem as frescuras dos tradicionalistas.
O vinho Joseph Phelps Insignia é uma daqueles vinhos icônicos do mundo que no Brasil custa uma pequena fortuna por conta dos impostos. É um cabernet sauvignon clássico, com 12 meses de barricas novas de carvalho francês. Na taça a sua cor rubi é quase negra, possui aromas de chocolate e baunilha, e na boca os taninos, apesar de potentes, são sedosos e com um final longo e espetacular.
São vinhos para homenagear no novo Papa. Que Leão 14 tenha força e sabedoria para ajudar o mundo a acabar com as guerras e com as loucuras dos seus dirigentes. Amém.
Dicas da semana
1 – vinho francês Châteauneuf-du-pape. Produtor Maison Brote. Safra 2022. Blend. Teor alcoólico 14%. Na loja da Grand Cru por R$ 674,00
2 – vinho americano Insignia. Produtor Joseph Phelps. Safra 2021. 100% Cabernet Sauvignon. Teor alcoólico 15%. Preço sob consulta em sites especializados.
Leia outras colunas do Alexandre Teixeira aqui.
