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25/04/2024



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Muito mais que Puskas

 Muito mais que Puskas

Eu sou um apaixonado pelo futebol. O esporte foi a minha origem no jornalismo. A Hungria tem na sua história um dos melhores jogadores do planeta, Ferenc Puskas, que hoje dá origem ao prêmio Fifa do gol mais bonito da temporada.

 

Mas a Hungria é muito mais do que futebol. Ela é um espetáculo arquitetônico, um país acolhedor, com fantásticas águas termais e medicinais, que tem o privilégio de ter o Rio Danúbio cortando o seu território, e de ser o décimo maior produtor de vinhos do mundo.

 

Semanas atrás o Papa Francisco esteve no país e com certeza deve ter tido a oportunidade de experimentar o famoso vinho doce, Tokaji, apelidado de “o vinhos dos Reis”. Talvez porque, nos palácios do império austro-húngaro, as recepções com os banquetes majestosos, e com uma comida pesada, só com um bom vinho digestivo para salvar a vida dos reis e dos seus convidados. Esse é o Tokaji, um vinho doce produzido a partir da uva Furmint, que tem uma cor dourada, aroma de pêssego, figo e mel, e com sabor que lembra o damasco.

 

Região da regiao de Villanyi uma das melhores do mundo

 

No Brasil é fácil de encontrar um Tokaji. A sua fama rompeu todas as fronteiras, o problema é que não é sempre barato poder degustar o mesmo vinho que Reis e Papas. Tudo tem um preço e nesse caso é um pouco salgado. São centenas de produtores diferentes na Hungria, e as importadoras acostumadas a trazer esse vinho para o Brasil, acabam colocando um preço que começa na faixa dos 200 reais, passando dos 1.500 reais. No restaurante com certeza esse valor vai ser bem mais caro. Vale o investimento? Para quem gosta de vinho, os Tokajis são clássicos, e experimentar um clássico uma vez na vida…

 

Sendo o décimo produtor de vinho do mundo, com certeza a Hungria tem muito mais a oferecer que além dos Tokajis. No total são 22 regiões produtoras e um diversidade grande de uvas e variedades. Não é fácil de entender o idioma húngaro e muitas vezes nem o Google consegue fazer a tradução correta dos rótulos. A Hungria pós comunismo se abriu para o mundo, e hoje você consegue encontrar muita gente que fala inglês e pode te ajudar na hora de encontrar um bom vinho em alguma loja de Budapeste, capital do país.

 

Três regiões produtoras de vinho nesta degustação

 

Mas para facilitar a sua vida eu recomendo os vinhos de duas regiões: Eger e Villány. São os vinhos mais apreciados e recomendados pelos críticos internacionais, inclusive sendo comparados aos franceses, por conta da sua localização geográfica.

 

Eger fica ao norte, são vinhos mais elegantes, do tipo desce redondo. Os taninos são na medida certa e são comparados aos tintos da Borgonha. Villány fica no sul da Hungria, uma região mais quente, que entrega um vinho com muito mais corpo e taninos potentes. Para alguns são os Bordeaux do país. De Budapeste você encontra excursões para essas duas regiões, mas se você preferir alugar um carro, o passeio também vale à pena e você pode aproveitar muito bem esse belo país.

 

Mapa produtor de vinho da Hungria

 

Duas dicas húngaras

1 – Royal Tokaji 5 Puttonyos, safra 2016, garrafa de apenas 250 ml, ao preço de R$ 450,00 no site da Mistral Importadora.

2 – Tuzko Kékfrankos. Vinho tinto da região de Tolna com teor alcoólico de apenas 12.5%. Importado pela Rootstock Vinhos de Curitiba.

 

Budapeste, cortada pelo Rio Danúbio

 

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1 Comment

  • Parabéns excelente dicas

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