Meus leitores habituais sabem que habitualmente uso este espaço para compartilhar matérias que encontro na internet. Sou compulsivo e faço isso há anos, priorizando assuntos cujo conteúdo seja realmente útil.
O texto de hoje é um desses; o tema é triste e o desejável seria que ninguém precisasse conhecer ou fazer uso dele, mas faz parte da realidade e, quem sabe… Se mais tarde servir para uma família destruída pela dor, a publicação terá valido a pena.
A matéria foi publicada originalmente em site que não existe mais, então recolhi trechos de outros blogs, preservando a essência do que o autor desejou transmitir.
Se é real que o verdadeiro sentido da vida vem depois de se ter um filho e que ninguém pode imaginar a dor que é perder um, Richard Pringle sofreu aquele que todos concordam ser o maior trauma pelo qual o ser humano pode passar; contrariando o que seria a ordem natural das coisas, perdeu o filho Hughie, de três anos, em decorrência de hemorragia cerebral causada por uma condição congênita.
Richard, devastado com o que aconteceu, decidiu usar o que restou de sua tragédia pessoal de um jeito que pudesse ajudar outros pais, e um ano depois compartilhou um texto emocionante relacionando as 10 coisas mais importantes que tinha aprendido naquele período.
O testemunho de Richard é comovente e tem o objetivo de alertar todos os pais:
1 – Você nunca errará por beijar ou amar demais. Todo o amor e beijos em seu filho nunca serão “demais”.
2 – Você sempre terá tempo para outras coisas. Pare o que está fazendo, nem que seja por um minuto, e dê atenção ao seu(s) filho(s). Nada é tão importante que não possa esperar.
3 – Tire tantas fotos e grave o maior número de vídeos que puder, porque um dia isso poderá ser tudo que você terá.
4 – Não gaste dinheiro, gaste tempo. Você acha que o que gasta importa? Não! O que importa é o que você faz. Pule em pula-pula, caminhe, nade no mar, pise em poças d’água, nade no mar, acampe, divirta-se. Isso é tudo que eles querem. Eu não lembro nada que comprei para o meu filho, só o que fizemos juntos.
5 – Cante junto. Minhas memórias mais felizes com meu filho é ele nos meus ombros ou no carro e nós dois cantando nossas músicas favoritas. Memórias são criadas com música.
6 – Aprecie as pequenas coisas. Ficar junto a noite, colocar para dormir, ler histórias, jantares juntos, a preguiça de domingo. Curta os pequenos momentos. Eles são os que eu mais tenho saudade. Não os deixe passar desapercebidos.
7 – Sempre dê um beijo de despedida nas pessoas que você ama. E se você esquecer, volte e os beije. Você nunca sabe quando será a última vez que terá essa chance.
8 – Faça as coisas chatas ficarem divertidas. Seja bobo, conte piadas, ria, sorria e divirtam-se. Elas só serão tarefas chatas se você as fizer assim. A vida é muito curta para não se divertir.
9 – Mantenha um diário. Anote tudo o que seu pequeno fizer. As coisas engraçadas que ele fala, as coisas fofas que ele faz. A gente queria se lembrar de tudo mas só passamos a fazer isso depois que Hughie se foi, com a Hettie. Também faremos com Hennie para ter tudo escrito para quando formos mais velhos, podermos ter essas coisas para olhar.
10 – Se você tem seu filho com você, sempre lhe dê um beijo de boa noite. Tome o café da manhã com ele, leve-o na escola, na faculdade, o veja se casando. Você é abençoado. Nunca se esqueça disso.
Leia outras colunas do Gerson Guelmann aqui.
4 Comentários
Eu acrescentaria duas coisas, retiradas da revista “Seleções do Reader’s Digest”:
1ª: “Não faça uma criança esperar. É uma prova dura para uma criança esperar. Cada minuto levará horas para passar”. essa frase foi dita por um presidente norte-americano, encerrando uma reunião importante, quando algum assessor o chamou e disse que seu neto o aguardava para irem pescar.
2ª: providencie um lugar para um menino sentar. O presidente americano Woodrow Wilson foi convidado a desenhar de memória a ferraria do seu pai, no interior dos Estados Unidos. Num canto da ferraria, desenhou um banco. Ao ser perguntado sobre para quem era aquele banco, deu essa resposta…
Meu caro Hélio, como sempre você foi certeiro!
Muito comovente. Quando ele fala que Memórias se criam com músicas, nunca tinha pensado a respeito mas é muito real.
Karin, quer saber uma coisa: eu também não.